Tracker 1.0 turbo: desempenho bom, consumo idem… E o preço?
Versão Premier do SUV Chevrolet tem bom pacote de equipamentos, motor de 116cv e faz até 14km/l com gasolina. Vale quanto custa?
atualizado
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Nas ruas e estradas, o Chevrolet Tracker Premier é um só, mas sempre tem alguém perguntando: esse é qual? No caso, o 1.0 ou o 1.2? Ambos são turbinados, bons de dirigir (principalmente na cidade), vêm de série com 6 airbags, controles de tração e estabilidade, alertas de colisão frontal e de ponto cego e frenagem autônoma – equipamentos que todo modelo acima dos R$ 80 mil deveria ter. Bem, e o custo-benefício – especialmente do Tracker 1.0, testado pelo Entre-eixos?
Comecemos pelo preço. Não há carro 0km abaixo dos 50 mil. O singelo Renault Kwid, na versão mais cara, já passa dos R$ 60 mil. É uma espécie de pé-duro de luxo para esse segmento.
Então, imagine o preço para o Tracker topo de linha. No site da Chevrolet, a Premier aparece com preço-base de R$ R$ 128.650 para a linha 2022. Com a cor metálica vermelho chili o valor sobe para R$ 130.250. Pois bem: numa ligação para uma loja aqui do Distrito Federal, sondando o custo da versão Premier 1.0, o vendedor disse: “A gente pode conseguir até R$ 125 mil”.
Bem, sinceramente, para a quantidade de equipamentos que a versão tem e para as condições econômicas do país, com taxa de inflação beirando os 10% ao ano e supervalorização de produtos como o aço, não é exagero. E o Tracker 1.2? “Por uns R$ 138 mil”, completou o rapaz.
Quer dizer: o mesmo pacote, motor mais potente e R$ 13 mil a mais. Então, vamos ao veredicto: vale a pena, sim. Embora, vale enfatizar, esse segmento de SUVs pequenos e médios, que se confundem, oferece muitas alternativas. Basta que o consumidor saiba o que deseja e valoriza para si.
O Tracker 1.0 Premier é mais do que suficiente para a vida diária, principalmente na cidade. Tem, por exemplo, uma suspensão confortável. A direção com auxílio elétrico é leve – mas acho que poderia ser mais. A dirigibilidade, no geral , é boa – e, segundo a GM, é resultado de uma arquitetura modular nova e otimizada para o modelo (carroceria ficou e mais e até 144 kg mais leve que a geração anterior).
Facilidades
A versão avaliada oferta uma boa lista de itens de conforto e comodidade – como o já conhecido assistente de estacionamento semiautônomo. Ajuda tanto para vagas paralelas como para as perpendiculares, girando o volante sozinho e pondo o carro até mesmo em vagas mais apertadas.
Há também sensor de chuva, que aciona e ajusta automaticamente a intensidade de varredura dos limpadores conforme a intensidade da água. E há sensor crepuscular que aciona automaticamente os faróis quando a luminosidade natural fica reduzida (em túneis e no fim da tarde).
A versão testada pelo Entre-eixos já tinha o sistema de projeção sem fio para Android Auto e Apple Carplay, numa tela de 8” (sim, é achada ainda). Usei e abusei dos aplicativos Waze e Spotify – assim como do carregador de smartphone por indução magnética.
O Tracker tem faróis de Full LED com boa projeção tanto para luz baixa e alta – o que, obviamente, garante mais segurança. Obviamente ele tem DRL, porém (e mais importante) é o sistema de luz auxiliar lateral que amplia em 11% a área iluminada em manobras e curvas.
A primeira sensação de quem entra num Tracker é a ampla visão que ele oferece em manobras, das ruas e estradas, enfim. Descobri: a área envidraçada dele cresce em até 15%. Quando se abre o teto-solar, aí fica imbatível.
Os índices de consumo – mas sempre levando-se em conta o estilo do motorista, claro – são interessantes (ficou até 17% mais econômico, segundo os engenheiros da marca). No teste, não foram feitas anotações detalhadas, mas no geral ficou na faixa dos 13 km/l (com gasolina). O motor 1.0T gera 16,8kgfm (abaixo dos 20,0kgfm da família que abastece a família Polo e Virtus) e 116 cv.
Outro detalhe, já testado por este colunista em outros modelos da marca, é o conjunto de conectividade do Tracker Premier – com o wi-fi nativo em parceria com a Claro e o novo aplicativo myChevrolet, que permite muita interação entre o usuário e o veículo. Por ele, consulta-se o nível de combustível, relatórios por viagem – por dia, semana ou mês – e até aprende-se a dirigir de forma mais eficiente com o Smart Drive.