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Trabalho análogo ao escravo: 2,5 mil pessoas foram resgatadas em 2022

Com 1070 resgates, MG foi o estado onde mais foram identificados trabalhadores em condições de trabalho análogo ao escravo

atualizado

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PF foto colorida de mãos de homem sujas em situação de trabalho análogo ao escravo - metrópoles
1 de 1 PF foto colorida de mãos de homem sujas em situação de trabalho análogo ao escravo - metrópoles - Foto: Reprodução/MPT

A Inspeção do Trabalho resgatou 2575 trabalhadores em condições de trabalho análogo ao escravo no Brasil em 2022. Os dados foram publicados pelo Ministério do Trabalho em Emprego nesta terça-feira (24/1).

No total, foram realizadas 462 fiscalizações em todo o país no último ano, que resultaram em mais de R$ 8 milhões de reais em indenizações de direitos trabalhistas. Foram encontrados casos de trabalho análogo à escravidão em 16 dos 20 estados onde ocorreram as ações fiscais. Alagoas, Amazonas e Amapá foram os únicos estados fiscalizados onde não foram encontrados casos de escravidão em 2022.

Minas Gerais foi o estado onde mais aconteceram ações de fiscalização (117), que resgataram 1070 trabalhadores. Em seguida vem Goiás, com 49 fiscalizações e Bahia, com 32 ações.

O maior resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão aconteceu em uma fazenda de cana-de-açúcar em Varjão de Minas (MG), quando 273 trabalhadores foram resgatados em condições degradantes de trabalho. No total, 73% das ações ocorreram na área rural.

Violação

O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), auditor fiscal do Trabalho, Maurício Krepsky ressalta que “o resgate tem por finalidade fazer cessar a violação de direitos, reparar os danos causados no âmbito da relação de trabalho e promover o devido encaminhamento das vítimas para serem acolhidas pela assistência social”.

Já em relação ao perfil dos resgatados,  que 92% eram homens, e 29% deles tinham entre 30 e 39 anos. Mais da metade, 51%, residiam na região nordeste e outros 58% eram naturais dessa região. No total, 83 % deles se autodeclararam negros ou pardos e 15% brancos e 2% indígenas.

Os dados foram divulgados na semana alusiva a 28 de janeiro, instituído como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em homenagem aos auditores fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira, mortos em ação no ano de 2004. O caso ficou conhecido como como Chacina de Unaí.

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