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Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em GO

Grupo de oito trabalhadores estava em uma fazenda de eucaliptos em Novo Gama (GO). Eles ficavam alojados ao lado de um chiqueiro

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goias trabalhadores resgatados de condições analogas a escravidao
1 de 1 goias trabalhadores resgatados de condições analogas a escravidao - Foto: Reprodução/MPT

Goiânia – Uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou oito trabalhadores, que eram submetidos a condições análogas à escravidão, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Eles prestavam serviço em uma fazenda cortando eucaliptos que seriam usados para produção de carvão vegetal.

O grupo estava alojado ao lado de um chiqueiro, não tinha banheiro adequado. Também não receberam treinamento para o trabalho com moto-serras, além de não possuir vestes apropriadas e pouca água para beber.

A operação que começou no último dia 29 de março e terminou nessa segunda-feira (3/4), foi coordenada por auditores fiscais do trabalho do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo.

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Trabalhadores foram resgatados e devem ser retirados do local imediatamente
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Grupo de oito pessoas estava alojada em casa sem condições de higiene

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Trabalhadores foram resgatados e devem ser retirados do local imediatamente

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O dono da fazenda e um empregador, que era responsável pela terceirização dos serviços, foram notificados a retirar os trabalhadores imediatamente, além de formalizar os vínculos empregatícios, bem como pagar todas as verbas trabalhistas devidas.

Trabalhadores nordestinos

Dos oito trabalhadores, sete foram aliciados no interior do Maranhão pelo empregador, que os contratava sem formalizar o vínculo empregatício. O oitavo é de Corumbá de Goiás, na região central do estado.

Ao chegarem de ônibus em Novo Gama, os trabalhadores eram levados à fazenda para trabalharem nas plantações de eucaliptos. De acordo com o procurador Tiago Cabral, este grupo que foi resgatado trabalhava no local há cerca de duas semanas.

Ao MPT, os próprios trabalhadores relataram que começavam a trabalhar às 6h e iam até 17h, de segunda a sábado, e recebiam por diária valores abaixo do combinado. Ainda de acordo com os trabalhadores, a alimentação se resumia a arroz, feijão e uma carne, e que o local fica ao lado de um chiqueiro, que possui mau cheiro.

Além disso, não havia água quente para banho, vários trabalhadores tinham que dormir no chão, pois o local só tinha duas camas, a descarga do banheiro não funciona e o local não tem as mínimas condições de higiene.

Ainda segundo o relato dos próprios trabalhadores, alguns deles haviam sofrido cortes com facão nas pernas enquanto cortavam os eucaliptos. No entanto, mesmo feridos, eram obrigados a trabalhar, já que o empregador dizia que, se parassem de trabalhar, não teriam o pagamento da diária de trabalho.

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