“Torniquete insuportável”, diz Leite sobre pagamento de dívidas do RS
“Uma amarra que não permitiria o estado se reerguer”, afirmou o governador sobre as dívidas com a União, que ficam suspensas por 3 anos
atualizado
Compartilhar notícia
Após o governo federal informar que suspenderá por três anos (36 meses) o pagamento de dívidas do Rio Grande do Sul com a União, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (13/5), que o pagamento da dívida se torna “um torniquete insuportável” ao estado, que sofre uma das maiores tragédias socioambientais do Brasil.
“Diante dessa tragédia, esse pagamento da dívida se transforma em um torniquete insuportável para o estado, absolutamente insuportável. Já era dramática a situação em relação à dívida”, declarou. “Uma amarra que não permitiria o estado se reerguer”, completou Leite.
“Não posso dizer que será suficiente essa medida, e o presidente [Lula] e o ministro [Haddad] têm ciência disso. Vamos precisar de outros tantos apoios em outras tantas frentes”, disse.
Pagamentos de dívidas suspensos por 3 anos
O pagamento das parcelas mensais das dívidas do Rio Grande do Sul com a União fica suspenso por 36 meses, com renúncia de juros durante todo o período de interrupção das dívidas. O valor total do débito é de R$ 92,8 bilhões.
Com o anúncio, a expectativa é de aliviar cerca de R$ 11 bilhões aos cofres do estado gaúcho. Ou seja, esse valor que seria destinado ao pagamento da dívida do RS frente à União devem ser liberados em uma espécie de “fundo contábil”, focado na reconstrução do estado.
Além dos R$ 12 bilhões presentes na medida provisória assinada na semana passada, a renegociação das dívidas do RS abarca:
- R$ 11 bilhões que seriam destinados ao pagamento da dívida com a União;
- R$ 12 bilhões das taxas de juros renunciadas pelo governo federal.