Toffoli, que vai analisar HC de João de Deus, visitou médium este ano
Encontro foi confirmado pela assessoria do ministro. Toffoli esteve em Abadiânia na Sexta-Feira Santa, com o ministro Luís Roberto Barroso
atualizado
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O destino de João de Deus está nas mãos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli que, nesta sexta-feira (21/12), pode decidir sobre o pedido de liberdade impetrado pela defesa do médium. Em abril deste ano, o ministro esteve na Casa do Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, onde o líder espiritual fazia atendimentos.
Segundo a jornalista Sonia Racy, que assina a coluna Direto da Fonte, do Estadão, a visita de Toffoli ao centro ocorreu na Sexta-Feira Santa (6 de abril). Ele estava acompanhado do também ministro do Supremo Luís Roberto Barroso. Ao Metrópoles, a assessoria de Toffoli confirmou que ele visitou o médium neste ano, mas não conseguiu checar a data com o ministro, que está em São Paulo. Quanto ao processo, informou que corre em segredo de Justiça.
De acordo com a colunista, os dois foram vistos na Casa Dom Inácio, sentados nos bancos reservados para a formação da “corrente de energia”. Frequentador do local, Barroso ficou por quatro horas concentrado no centro. Novato, Toffoli teria resistido a pouco mais de 10 minutos de silêncio obrigatório, ainda segundo a colunista.
Tratamento espiritual
Diagnosticado com um câncer agressivo no esôfago em 2012, Barroso fez quimioterapia, radioterapia, homeopatia, acupuntura e uma cirurgia espiritual com o médium João de Deus, a quem foi apresentado na ocasião pelo então presidente do STF, Carlos Ayres Brito. Meses depois, os médicos constataram o desaparecimento completo da doença.
O médium é acusado de centenas de abusos na Casa Dom Inácio. Nessa quinta (20), foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por violação sexual mediante fraude. João de Deus está preso preventivamente em Aparecida de Goiânia desde o dia 16 de dezembro.
O médium já teve habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). E recorreu ao Supremo. Na Corte, o pedido foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas devido ao recesso do Judiciário, o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão.