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Toffoli determina investigação contra procuradores da Lava Jato

Na mesma decisão que chama prisão de Lula de erro histórico, Toffoli determina adoção de medidas necessárias para apurar responsabilidades

atualizado

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Presidente Lula e ministro Dias Toffoli, do STF -- Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula e ministro Dias Toffoli, do STF -- Metrópoles - Foto: Divulgação

Na decisão em que anula provas das delações da Odebrecht no caso da Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determina a investigação dos servidores envolvidos no acordo de leniência com a empreiteira, de onde essas provas eram oriundas.

Ao final da decisão, o ministro pede para oficiar uma série de órgãos para “adoção de medidas necessárias para se apurar responsabilidades não apenas na seara funcional, mas também na esfera cível e criminal”.

Sem citar os nomes dos procuradores da força-tarefa, Toffoli justifica que as consequências dos atos ilegais da Lava Jato tiveram consequências gravíssimas para o Estado brasileiro e centenas de réus e pessoas jurídicas em ações penais, de improbidade, eleitorais e civis, espalhadas pelo país e exterior.

Entre os órgãos que serão oficiados estão a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Justiça (MJ), a Controladoria-Geral da União (CGU), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Outra força-tarefa

Após a decisão, a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que criará uma força-tarefa para apurar desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados

“Será dado cumprimento à decisão e uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal”, disse o advogado-geral da União, Jorge Messias.

No texto da decisão, Toffoli chama a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de erro histórico e chama as provas do acordo com a Odebrecht de “imprestáveis”.

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