Toffoli concede habeas corpus para Tacla Duran depor sobre extorsão na Lava Jato
Tacla Duran falará na Câmara dos Deputados sobre denúncias de extorsão na Lava Jato e acusações contra Sérgio Moro e Deltan Dallagnol
atualizado
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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu cautelarmente habeas corpus preventivo ao advogado Rodrigo Tacla Duran para que ele possa depor sem o risco de ser preso na Câmara dos Deputados. Ele vai explicar suposta extorsão no âmbito da Operação Lava Jato.
Toffoli autoriza Tacla Duran, que mora em Madrid, na Espanha, a ingressar no país e prestar os devidos esclarecimentos ao Congresso Nacional, no dia 19 de junho, às 14h30.
Determina ainda que seja oficiado o Ministério da Justiça e a Polícia Federal para que adotem as medidas necessárias a fim de garantir a segurança e o livre trânsito do advogado no ingresso, na permanência e na saída do país.
Em março, Rodrigo Tacla Duran, um dos alvos da Operação Lava Jato, depôs à Justiça Federal e relatou crime de extorsão praticado pela operação e envolveu nas acusações o deputado Deltan Dallagnol (Podemos) e o senador Sergio Moro (União Brasil).
Apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina da Odebrecht”, Tacla Duran recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.
O convite para que Tacla Duran participe de audiência pública para tratar das denúncias veio do presidente da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, deputado Bruno Farias.