metropoles.com

Toffoli anula provas da Lava Jato; prisão de Lula foi “erro histórico”

Ministro Dias Toffoli, do STF, anulou provas das delações da Odebrecht no caso da Lava Jato e chamou prisão de Lula de “erro histórico”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Imagem colorida mostra o ministro Dias Toffoli, do STF - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o ministro Dias Toffoli, do STF - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou, nesta quarta-feira (6/9), todas as provas das delações da Odebrecht no caso da Lava Jato. Ele também considerou a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um “erro histórico”.

Documento obtido pelo Metrópoles diz que a determinação ocorreu por um um pedido da defesa do presidente Lula. Além disso, aponta que a Polícia Federal (PF) compartilhe as mensagens hackeadas da Operação Spoofing em até 10 dias.

Com a decisão, a 13ª Vara Federal de Curitiba e o Ministério Público Federal do Paraná têm 10 dias para compartilhar todo o conteúdo relacionado ao Acordo de Leniência da Odebrecht com a defesa de Lula. Caso não o façam, a pena é de cometimento do crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.

O acordo anulado por Toffoli havia feito a empreiteira pagar ao Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) e procuradoria-geral da Suíça o valor de R$ 3,8 bilhões.

13 imagens
Toffoli suspendeu pagamentos da antiga Odebrecht em acordo da Lava Jato
O nome Lava Jato foi escolhido porque um dos locais que movimentava dinheiro de origem ilegal era um posto de combustíveis e lava a jato de veículos em Brasília
Após denúncias de irregularidades, o comércio suspendeu as atividades temporariamente
Manifestações de apoio à Lava Jato ocorreram em várias cidades do país
Sandra Moreno
1 de 13

Presidente Lula e ministro Dias Toffoli, do STF

Divulgação
2 de 13

Toffoli suspendeu pagamentos da antiga Odebrecht em acordo da Lava Jato

Andre Borges/Especial Metrópoles
3 de 13

O nome Lava Jato foi escolhido porque um dos locais que movimentava dinheiro de origem ilegal era um posto de combustíveis e lava a jato de veículos em Brasília

Reprodução/Projeto Comprova
4 de 13

Após denúncias de irregularidades, o comércio suspendeu as atividades temporariamente

Deiviane Linhares/Metrópoles
5 de 13

Manifestações de apoio à Lava Jato ocorreram em várias cidades do país

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 13

Sandra Moreno

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 13

Brasilienses se manifestaram à favor da Lava Jato

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 13

Miguel MenSal
9 de 13

Odebrecht, hoje Novonor, assinou acordo com a Lava Jato para pagar R$ 3,8 bilhões

J.F.DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO
11 de 13

Reprodução
12 de 13

Brasil também está na liderança do Mercosul

Hugo Barreto/Metrópoles
13 de 13

Lula

Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro ainda disse, na decisão, que a prisão de Lula é considerada um “erro histórico” do Judiciário. Pontuou também que “determinados agentes públicos” que visavam “a conquista do Estado” agiram por meio de desvio de função e conluio para atingir instituições, autoridades e empresas específicas do país.

“Pela gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior”, constata.

Nas palavras de Toffoli, trata-se de uma “armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos”, com o objetivo de “conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra lei”.

“Digo sem medo de errar, foi o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições”, completa o ministro.

Toffoli pede investigação

Dias Toffoli ainda intimou a Advocacia Geral da União para que o órgão apure “para fins de responsabilização civil pelos danos causados pela União e por seus agentes em virtude da prática dos atos ilegais já decididos como tais nestes autos, sem prejuízo de outras providências, informando-se, a este juízo, eventuais ações de responsabilidade civil já ajuizadas em face da União ou de seus agentes”.

De acordo com o documento, o ministro também pediu que outros órgãos identifiquem e informem “agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados ao referido Acordo de Leniência, sem observância dos procedimentos formais”, assim como adotem medidas necessárias para apuração de responsabilidade.

O pedido vale para Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal (RF), Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?