“Todo mundo vai morrer”: ex-aluno anunciou massacre ao invadir escola do PR
De acordo com uma testemunha, rapaz ameaçou grupo com arma. Ele matou Karoline Verri Alves, 17 anos, e feriu gravemente Luan Augusto, 16
atualizado
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Uma aluna que presenciou o ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, nesta segunda-feira (19/6), relatou que o atirador ameaçou vários estudantes com a seguinte frase: “Todo mundo vai morrer aqui dentro”. O atentado matou uma estudante de 16 anos e deixou gravemente ferido outro aluno, de 17.
“Ele falou assim: ‘Se não abrir essa porta, vai todo mundo morrer aqui dentro'”, contou a estudante. O autor dos disparos, um ex-aluno da unidade de ensino, foi preso. Ele tem 21 anos.
A aluna também afirmou que não conhecia as vítimas – Karoline Verri Alves, 17 anos, que morreu, e Luan Augusto, 16, que ficou gravemente ferido. Os dois adolescentes eram namorados.
Segundo relatos da jovem, após ser avisada que alguém invadiu a escola e estava atirando contra estudantes, ela e um grupo de alunos se trancaram na sala dos professores.
Nesse momento, o autor do ataque ameaçou os jovens e chegou a apontar a arma de fogo para a estudante.
“A gente tentou sair correndo, mas ele apontou a arma para mim e para mais cinco amigas minhas e deu um tiro, só que a gente conseguiu sair”, relatou a menina à RPC. De acordo com a aluna, o atirador ainda realizou vários disparos na direção de pessoas diferentes.
Atentado na escola
Um ex-estudante de 21 anos do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, entrou na instituição de ensino no começo da manhã desta segunda.
Segundo informações das autoridades locais, por volta das 9h, o autor do atentado chegou à instituição alegando que precisava do histórico escolar, mas, assim que entrou no colégio, começou a atirar contra os estudantes.
Depois do tiroteio, o ex-aluno que cometeu o ataque foi imobilizado por um professor. Detido, ele foi levado para Londrina (PR).
O governador Ratinho Júnior (PSD) decretou luto oficial de três dias no estado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lamentaram o ataque.