“Tô fraca”, diz mulher que teve parada cardíaca após progressiva no cabelo

A moradora da cidade de Cascavel (PR) Magali Rosa dos Santos, que teve uma parada cardiorrespiratória após fazer uma escova progressiva com formol no cabelo, em 16 de agosto, afirmou que ainda não está recuperada do episódio.

“Tô me sentindo fraca, com falta de ar, dor de cabeça, estou bem debilitada e não consigo dormir porque tenho medo. Estou psicologicamente bem abalada”, disse Magali ao G1. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso do formol, por ser uma substância altamente tóxica. Magali contou ainda que está sofrendo quedas diárias de cabelo e que está fazendo tratamento com shampoo anti-resíduos.

A Polícia Civil vai apurar e pedir que sejam feitas perícias técnicas para saber se o produto utilizado no procedimento tem componentes não autorizados pela Anvisa. Uma equipe também investiga se a parada cardiorrespiratória tem relação com o produto utilizado no cabelo de Magali.

Procedimento

Magali afirmou que não sabia que o produto continha formol. “Quando ela começou a passar na minha cabeça, eu já comecei a passar mal. Ela disse que era normal e que isso aconteceu porque o procedimento da progressiva era muito forte”, disse.

“Eu cheguei na minha casa e lavei o cabelo porque eu não aguentava de dor, estava saindo sangue do meu nariz. E quando eu lavei, comecei a passar mal e meu filho chamou o pai dele, que estava voltando do trabalho e me socorreu a tempo”, contou Magali.

Após o procedimento, Magali ficou três dias internadas na UTI. O médico Lisias de Araújo Tomé informou que a vítima teve uma grave alergia ao produto químico usado no processo de alisamento do cabelo. Ele ainda disse que após chegar ao hospital, foi entubada imediatamente.