TO: desvio de cestas básicas é investigado há pelo menos 2 anos
Inquérito que apura desvio de dinheiro público destinado a cestas básicas começou em 2022, com investigação da Polícia Civil de Tocantins
atualizado
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As investigações de crimes relacionados ao desvio de recursos públicos da Covid-19, em Tocantins, utilizados para o pagamento de empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas ocorrem há, pelo menos, dois anos.
Nesta quarta-feira (21/8), A Polícia Federal, agora responsável pelo caso, cumpre 42 mandados de busca e apreensão no estado. O Metrópoles apurou que o governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), é alvo de mandado de busca e apreensão, assim como a primeira-dama e dois filhos dele.
Antes de o caso se tornar responsabilidade da PF, em abril de 2022, a Polícia Civil de Tocantins cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e nas residências de suspeitos de integrar a organização criminosa. À época, a corporação apurou o esquema na Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social de Tocantins (Setas).
O crime consistia na contratação de empresas previamente selecionadas para fornecer cestas básicas. Elas recebiam o valor total contratado, mas entregavam apenas parte “do quantitativo acordado”.
Em 2023, o inquérito que apurava o desvio de verbas públicas foi redirecionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), após alusão ao nome do governador Wanderlei Barbosa no documento. Nesta quarta-feira (21/8), agentes federais cumprem mandados de busca e apreensão em endereços do governador.
Governo colabora com a investigação
Em nota, o Governo do Estado de Tocantins informou que colabora com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta quarta-feira e que é do interesse da Administração Pública que “tais fatos sejam devidamente esclarecidos.”
Wanderlei Barbosa foi eleito vice-governador de Tocantins em 2018, porém, em 2022, assumiu o cargo de governador do estado após o antigo gestor passar por um processo de impeachment.
No total, a PF cumpre 42 mandados de busca e apreensão em Tocantins, nesta quarta-feira (21/8),“e outras medidas cautelares patrimoniais”, todos expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Até a publicação desta reportagem o valor desviado com o esquema não havia sido divulgado.