TJMG autoriza investigação contra juíza que defendeu aglomerações
Ludmila Lins Grilo, da comarca de Unaí, ficou conhecida pelas críticas às medidas para conter a disseminação da Covid-19
atualizado
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O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) autorizou o prosseguimento de investigação contra a juíza Ludmila Lins Grilo por possíveis crimes contra a saúde pública. Ela ficou conhecida ao criticar as medidas de isolamento social em meio à pandemia de coronavírus e defender aglomerações.
O colegiado entendeu que a juíza deve ser investigada por infração à medida sanitária preventiva e incitação ao crime, previstos nos artigos 268 e 286 do Código Penal. A decisão ocorreu em 10 de fevereiro e foi divulgada pelo site Jota.
A magistrada, que atua na comarca de Unaí, ganhou repercussão nacional depois do Ano Novo, após fazer diversas publicações com críticas sobre as medidas adotadas para conter a propagação do vírus.
Feliz Ano Novo! #AglomeraBrasil pic.twitter.com/envpwzK9ZR
— Ludmila Lins Grilo (@ludmilagrilo) January 1, 2021
No Twitter, Ludmila postou um vídeo em que mostra pessoas caminhando na Rua das Pedras, em Búzios (RJ), sem respeitar o distanciamento social. No post, escreveu: “uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu Réveillon nessa vibe”.
De perfil cristã e conservadora, a juíza é admiradora de Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro. “Pessoas que nunca leram seus livros, ao melhor estilo ‘não li e não gostei’, estão tentando calar seus alunos e admiradores para que suas ideias não circulem”, escreveu no aniversário de 73 do autoproclamado filósofo.