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TJGO pede crédito de R$ 45 milhões para pagar juízes e servidores

Metrópoles teve acesso a ofício do presidente do Judiciário goiano à secretária estadual de Economia de Goiás. Verba é para pagar dezembro

atualizado

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Divulgação/TJGO
tjgo Judiciário Goiás
1 de 1 tjgo Judiciário Goiás - Foto: Divulgação/TJGO

Goiânia – Em ano que instituiu gratificação de acervo para magistrados e aumentou o salário de comissionados, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) pede socorro ao estado para fechar a folha de pagamento deste mês de dezembro. No total, o Judiciário goiano solicitou, com urgência, R$ 45,5 milhões como crédito suplementar ao governo estadual.

O Metrópoles teve acesso ao ofício do presidente do TJGO, desembargador Carlos Alberto França, enviado à secretária estadual de Economia de Goiás, Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, na última quinta-feira (9/12). A solicitação está em análise pelo governo.

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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em Goiânia
Prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), no Setor Oeste, em Goiânia, Goiás
Tribunal de Justiça de Goiás
Carlos Alberto França, desembargador do TJGO
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Sede do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Divulgação: TJGO
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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em Goiânia

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Prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), no Setor Oeste, em Goiânia, Goiás

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Tribunal de Justiça de Goiás

TJGO/Divulgação
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Carlos Alberto França, desembargador do TJGO

Divulgação: Ascom/TJGO

No pedido, o presidente do Judiciário goiano requer aprovação de dois pedidos de crédito suplementar. Um deles, no valor de R$ 27,5 milhões, sem indicação de fonte, e outros R$ 18 milhões, com indicação de fonte.

“Esclareço que as suplementações são necessárias para empenhar a totalidade da folha de pagamento do mês de dezembro de 2021 dos magistrados e servidores do Poder Judiciário do Estado de Goiás”, escreveu o desembargador, no ofício.

IPCA

No documento, o presidente do TJGO destacou, ainda, que a projeção de folha de pagamento enviada antes à secretaria tomou como base o percetnual de 7,05% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para observar tendências de inflação.

No entanto, o desembargador afirmou, no ofício, que o último relatório de mercado divulgado pela empresa Focus mostrou que a previsão é de que o mesmo índice para este ano ultrapasse os 10%.

Nos bastidores do governo, o pedido de crédito suplementar levanta críticas entre economistas da secretaria, justamente porque o Judiciário goiano inchou a folha de pagamento neste ano.

Aumentos

Em julho, conforme mostrou o Metrópoles, ao menos R$ 38 milhões anuais passaram a ser gastos pelo TJGO com o aumento, autorizado via processo administrativo sigiloso, da gratificação destinada a 2.173 servidores em cargos comissionados.

Na época, a polêmica se intensificou diante da possibilidade de o Judiciário goiano ter de pagar, ainda, mais de R$ 250 milhões, em retroativo a 2012.

No mesmo mês, o TJGO mandou quitar, em processo administrativo relâmpago, o débito de recomposição salarial de seus magistrados, servidores e pensionistas. Às pressas, o órgão se articulou para conseguir pagar penduricalhos no total de quase R$ 1 bilhão, só neste ano.

Além disso, em março, o tribunal decidiu conceder gratificação de 20% a mais de salário para juízes que acumularem serviço, em varas judiciais ou comarcas, assim como por acervo da própria unidade da qual for titular.

Realocação

Em nota ao Metrópoles, o TJGO informou que os pedidos de crédito suplementar ocorreram por “necessidade de realocação de recursos orçamentários com indicação de fonte do próprio Poder Judiciário e mantendo-se o mesmo valor do ano de 2020, de acordo com a proposta orçamentária elaborada pelo tribunal”.

De acordo com a nota, a execução orçamentária e financeira do Poder Judiciário goiano “sempre respeitou os limites e parâmetros estipulados na Lei Complementar nº 101/2000 e na Constituição do Estado de Goiás”.

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