TJ nega liberdade a ex-vereador que pode desvendar o caso Marielle
Segundo a polícia, Girão contratou Ronie Lessa, acusado do homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, para matar um ex-policial em 2014
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O desembargador Claudio Tavares de Oliveira Junior, do Tribunal de Justiça do Rio, negou o pedido de liberdade da defesa do ex-vereador do Rio Cristiano Girão, preso em São Paulo no último dia 30 de julho. O magistrado não aceitou a alegação da defesa de que a prisão é ilegal.
“A decisão contra a qual se insurge o impetrante se encontra suficientemente fundamentada”, afirmou o desembargador em um dos trechos.
Girão, segundo a polícia, é ex-chefe da milícia de Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, e teria contratado o policial militar reformado Ronnie Lessa para executar o ex-policial André Henrique da Silva Souza, o André Zóio, e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira, de 27 anos. Os dois foram assassinados em 14 de junho de 2014.
Lessa está preso acusado de ser um dos executores dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
O ex-vereador foi denunciado pelo Ministério Público pelas mortes de André Zóio e Juliana no dia 19 de julho. O casal estava em um Honda Civic, dirigido pelo homem, quando o veículo foi interceptado por um Fiat Dobló, branco, de onde partiram os tiros que mataram o casal.