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Tiro que matou Kathlen no Rio partiu do alto, diz laudo

Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB, disparo partiu da direção do beco onde estavam os PMs que patrulhavam o Complexo do Lins

atualizado

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1 de 1 pais-kathlen - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – A análise pericial do local em que a designer Kathlen Romeu foi baleada e morreu no dia 8/6 indica que a jovem, que estava grávida de quatro meses,  recebeu um tiro que partiu de cima para baixo. Kathlen foi atingida quando chegava ao Complexo do Lins, na zona norte, para visitar a avó.

Segundo o laudo, o projétil de fuzil entrou em um trajeto oblíquo, da esquerda para direita, de cima para baixo, transfixando o tórax. O documento ainda diz que o tiro seguiu trajetória e passou pelo braço direito de Kathlen, com fratura do úmero direito, antes de sair.

De acordo com o G1, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teve acesso ao laudo cadavérico da vítima e seus integrantes  afirmam que o disparo partiu do local onde estavam policiais militares, corroborando as acusações dos familiares da vítima de que Kathlen foi morta pela polícia.

Dois dos militares que participavam de ação no Complexo do Lins, confirmaram, em depoimento, que fizeram cinco disparos contra, segundo eles, bandidos que estariam em um ponto de venda de drogas próximo.

As confirmações feitas a partir do laudo reforçam a tese da OAB de que houve fraude processual, somado ao fato de que a cena do crime foi alterada pelos militares momentos depois que Kathlen foi removida para ser socorrida. “A cena do crime foi totalmente desfeita antes da perícia chegar”, afirmou a vice-presidente da comissão da OAB, Nadine Borges.

Segundo ela, a polícia fará uma reconstituição dos fatos no próximo dia 14/7. “Esperamos sinceramente que todos os policiais que participaram da operação estejam presentes e contribuam para a investigação”.

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Amigos e seguidores da jovem pedem por justiça
Marcelo Ramos, namorado de Kathlen, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios
Avó de kathlen, Sayonara Fátima, presenciou momento do tiro
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Missa de 7ª dia da modelo e designer de interiores Kathlen Romeu que estava grávida de quatro meses e morreu vítima de bala perdida na comunidade do Lins, na Zona Norte do Rio de Janeiro

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Amigos e seguidores da jovem pedem por justiça

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Marcelo Ramos, namorado de Kathlen, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios

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Avó de kathlen, Sayonara Fátima, presenciou momento do tiro

Aline Massuca/ Metrópoles.

As novidades na investigação motivaram ainda mais as manifestações de carinho e saudade dos amigos e parentes da jovem marcando os primeiros 30 dias sem Kathlen,

“São 30 dias de pesadelo, são 30 dias de tristeza, são 30 dias vivendo o inacreditável, são 30 dias que eu não sou feliz, que eu não sou completa. São 30 dias que eu não penso no amanhã, são 30 dias que eu desaprendi a viver, são 30 dias de um vácuo na alma, são 30 dias horrorosos. Uma atitude impensada, uma falta de técnica, uma falta de inteligência, uma falta de tática. Uma falta, antes de tudo, de amor ao próximo. Eu não sei como vai ser daqui para frente, porque estou apenas sobrevivendo”, disse a mãe de Kathlen, Jaqueline Oliveira.

A morte de Kathlen é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital. Os PMs que estavam em ação naquele dia foram intimados a participar da reconstituição. A PM também abriu dois inquéritos, um deles pela Corregedoria, para apurar a conduta dos seus agentes.

O Ministério Público também conduz uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Kathlen. A Procuradoria também apura possível crime militar, que teria sido cometido pelos PMs ao alterarem a cena do crime.

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