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Tiro de PM que matou entregador em GO não foi acidental, aponta laudo

Caso aconteceu em Itumbiara (GO), durante uma briga de rua. Justiça determinou que policial vá a júri popular

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imagem colorida homem é morto com tiro no meio da rua em goias depois de briga
1 de 1 imagem colorida homem é morto com tiro no meio da rua em goias depois de briga - Foto: Reprodução

Goiânia – Um laudo da Polícia Científica de Goiás aponta que o tiro disparado pelo policial militar Roberval Crecêncio de Jesus contra o entregador Lucas Marcelino Botelho no início do ano não foi acidental. Os dois discutiram em frente a uma distribuidora de bebidas em Itumbiara, no sul goiano, e o PM, que estava de folga, disparou contra o jovem. O servidor irá a júri popular.

O caso aconteceu no dia 12 de março deste ano e o PM foi preso dias depois, na capital goiana. Conforme a análise do laudo pericial, o percusso da arma não poderia atingir a espoleta do cartucho e disparar sem que o gatilho fosse acionado de forma adequada, seja direta, indireta, voluntária ou involuntariamente. Por isso, não há a possibilidade de o tiro ter sido acidental, diz a perícia.

Contradição

O laudo pericial contradiz a versão apresentada pela Polícia Militar (PM). Segundo a corporação, no dia dos fatos as partes entraram em vias de fato e “acidentalmente ocorreu um disparo de arma de fogo”.

Em agosto deste ano, a juíza Natácia Lopes Magalhães determinou que o PM fosse a júri popular e negou o pedido para que ele respondesse ao processo em liberdade.

Na época dos fatos, um advogado do departamento jurídico da Assego, associação que patrocina a defesa do militar envolvido no caso, afirmou que “tem a convicção de que será provado que o militar não agiu com dolo, inclusive foi ele quem chamou o socorro, se apresentou espontaneamente na delegacia após o ocorrido e colaborou com toda a investigação”.

Briga de rua

De acordo com o Ministério Público, o policial militar assumiu o risco e matou Lucas Marcelino Botelho por motivo fútil, utilizando um recurso que dificultou a defesa da vítima, com emprego de meio que resultou em perigo comum, ou seja, que poderia colocar em risco outras pessoas. Segundo a denúncia, Roberval Crecêncio também ameaçou verbalmente Wellington Mota Neto, que presenciou toda a situação.

Conforme a denúncia, o PM estava na praça em frente à distribuidora quando, mesmo não estando em serviço, abordou um adolescente que conduzia uma motocicleta fazendo acrobacias, informando-o que chamaria um guincho para apreender o veículo.

Ainda de acordo com o MP, ao perceber que a confusão entre Roberval e o adolescente ocorria próximo ao local onde sua motocicleta estava estacionada, Lucas Marcelino decidiu retirá-la das proximidades. Quando ele iniciou a manobra, o PM puxou o veículo, enquanto Lucas Marcelino, por sua vez, tentou empurrá-la, mesmo desligada, o que fez com que a moto caísse ao chão, desencadeando uma discussão entre os dois.

Na sequência, conforme o MP, Roberval atacou Lucas, desferindo socos e empurrões. Ao desferir um chute em Lucas Marcelino, Roberval desequilibrou-se e caiu ao chão. Em seguida, o policial já de levantou com a arma de fogo em mãos e desferiu um golpe com a mão que segurava a arma, causando o disparo que resultou na morte de Lucas.

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