Tio e sobrinho mortos por furto de carne buscavam dinheiro para pagar
De acordo com mãe de uma das vítimas, após serem flagrados pela segurança do mercado, eles fizeram ligações para arrecadar o dinheiro
atualizado
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A vendedora de materiais de limpeza Elaine Costa Silva, 37 anos, mãe de Ian Barros Silva, 19, morto junto com o tio, Bruno Barros da Silva, 29, na última segunda-feira (26), horas depois de terem furtado pacotes de carne no supermercado Atakadão Atakarejo, em Salvador, afirma que a família estava buscando os R$ 700 necessários para pagar pelos produtos furtados pelos dois.
“A gente estava correndo atrás do dinheiro. Um arranjou R$ 250, o outro, R$ 300. Mas eles não deram oportunidade de conseguir o restante e tiraram a chance de meu filho ser alguém na vida”, afirmou Eliane, em entrevista ao portal Uol.
Os corpos de Bruno e Ian foram encontrados no porta-malas de um carro na localidade em um bairro de Salvador. Os cadáveres tinham marcas de tiros e sinais de tortura. A Polícia Civil e o Ministério Público do estado apuram o duplo homicídio. O grupo atacadista, por sua vez, diz colaborar para o esclarecimento do caso.
Segundo os familiares, após serem flagrados por seguranças do estabelecimento, Bruno ligou para uma amiga pedindo R$ 700 para pagar os produtos que teria furtado com Ian. Em um áudio enviado à mulher, Bruno afirma que “rodou” e admite que pegou a mercadoria. Fotos que circulam por aplicativos de mensagens e redes sociais mostram ele e Ian, rendidos, sentados no pátio do supermercado e ao lado de quatro pacotes de carne.
A família acredita que Bruno e Ian foram entregues pela segurança do supermercado a traficantes de uma comunidade próxima, onde teriam sido executados. O grupo Atakadão Atakarejo nega.