Tio de garota indígena estuprada e assassinada aparece morto na prisão
Três adolescente e dois adultos teriam participado do crime, em Dourados (MS). Eles confessaram o estupro seguido de assassinato
atualizado
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Um dos integrantes do estupro coletivo e assassinato de uma garota indígena, o tio, foi encontrado morto, na madrugada desta sexta-feira (13/8), na prisão onde estava, Penitenciária Estadual de Dourados (PED), em Dourados (MS).
De acordo com o delegado encarregado da investigação, Erasmo Cubas, o assassino, de 34 anos, foi achado sem vida na cela. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio, mas os peritos ainda investigam o que causou a morte.
Entenda o caso
Duas pessoas tiveram prisão preventiva decretada por homicídio qualificado, feminicídio e estupro de vulnerável pelo assassinato e estupro de uma garota indígena Guarani Kaiowá, de 11 anos. Entre os acusados, está um tio da criança. Três adolescentes também devem ser apreendidos pelo ato.
A decretação da prisão preventiva foi concedida pelo juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados. Os dois homens maiores de idade foram enviados para o presídio de Dourados e os adolescentes, para a Unidade Educação de Internação (Unei), também em Dourados.
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, os suspeitos combinaram de levar a garota para o local e abusarem dela. Os dois adolescentes arrastaram a vítima de sua residência, onde ela teria ingerido bebida alcoólica com eles, e a levaram para próximo do penhasco.
No local, eles a obrigaram a ingerir cachaça pura e passaram a abusar sexualmente dela, por diversas vezes. Segundo os suspeitos, a todo momento a vítima gritava e pedia socorro. Ela acabou desmaiando.
“Durante a barbárie, o tio da vítima chegou ao local e também participou do crime”, narra a polícia sul-mato-grossense.
“Quando a vítima começou a recobrar a consciência, voltou a pedir socorro e disse que ia denunciar os autores. Por isso, eles decidiram jogá-la do penhasco para não serem descobertos”, prossegue.
A criança foi encontrada sem vida em uma região localizada na aldeia Bororó, em Dourados, Mato Grosso do Sul. Todos os acusados responderão por estupro de vulnerável, homicídio qualificado e feminicídio.