TikTok relata ao TSE que derrubou 10,4 mil vídeos golpistas no dia 8/1
Apenas o TikTok prestou esclarecimentos ao TSE sobre informações compartilhadas nas redes sociais no dia 8 de janeiro
atualizado
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O TikTok relatou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter excluído 10.442 vídeos vídeos da plataforma que incitaram violência, terrorismo e desinformação durante as manifestações golpistas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro de 2023.
Os ataques golpistas dos bolsonaristas foram responsáveis pela destruição dos prédios dos três poderes, em Brasília. Além da estrutura do Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, também foram destruídas obras importantes para a história do país.
O documento assinado pelo diretor de políticas públicas da empresa no Brasil, Fernando Gallo, informou que entre 8 e 15 de janeiro, o TikTok removeu 1.304 vídeos que violavam a política de extremismo violento, 5.519 que feriram a diretriz de “desinformação com riscos de danos no mundo real” e outros 3.614 conteúdos com informações falsas sobre o período eleitoral.
Segundo a empresa de vídeos curtos, apenas 5 URLs foram removidas a partir de determinações do STF durante este período.
O TSE e o TikTok firmaram uma parceria em fevereiro do ano passado para a realização de medidas para combater a desinformação sobre o processo eleitoral dentro da plataforma.
Fruto da parceria, o “Guia de Eleições 2022” teve 6.862.792 acessos entre fevereiro e novembro de 2022, segundo o próprio TikTok. Os vídeos com aviso sobre informações não verificadas foram compartilhados 25% a menos dentro da plataforma.
O TikTok informou ao TSE que entre 16 de agosto de 31 de dezembro do ano passado, removeu 66.020 conteúdos que violam a política de desinformações sobre o período eleitoral. Desses, 91,1% foram detectados proativamente, e 79% foram removidos sem atingir uma única visualização dentro da plataforma.
Entre 15 de fevereiro e 31 de dezembro de 2022, o TikTok analisou 128 links, desses 106 foram removidos.
Até o último dia do ano passado, a empresa cumpriu 90 ordens judiciais recebidas, que determinaram a remoção de 222 links da plataforma chinesa.
A Meta (responsável pelo Facebook e Instagram), Telegram, Twitter e YouTube não divulgaram informações sobre as manifestações do dia 8 de janeiro.