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The Economist diz que democracia decai e critica Bolsonaro e Lula

Publicação inglesa prevê que o petista deverá vencer as eleições, mas não vê nisso um grande conforto para o Brasil

atualizado

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The Economist/Divulgação
Capa da The Economist
1 de 1 Capa da The Economist - Foto: The Economist/Divulgação

A revista inglesa The Economist, tradicional porta-voz do liberalismo econômico, dedica sua reportagem de capa desta semana à América Latina e diz que a democracia está decaindo no continente. As críticas caem sobre todos os grandes países da região e a publicação mostra preocupação com uma suposta redução da influência “do Ocidente” sobre a região e um crescimento da presença chinesa, tratada como “neocolonialismo” pelos ingleses.

Ao falar sobre o Brasil, a The Economist critica tanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prevê que o petista “provavelmente vencerá” as eleições deste ano, mas que isso não será grande conforto para o país. O texto lembra que os governos de Lula “estavam ligados à corrupção” e diz que ele “carece de novas ideias”.

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Bolsonaro é comparado pela Economist com o presidente do México, Manuel López Obrador, que é um esquerdista tratado como adversário pelo brasileiro. Para a revista, os presidentes dos dois maiores países do continente erodem a democracia, pois “desprezam freios e contrapesos” de um sistema democrático ao tentar desestabilizar outros Poderes republicanos.

“Não faz muito tempo, a América Latina estava em alta”, diz o texto da Economist. “Um boom de commodities trouxe crescimento econômico saudável e forneceu dinheiro aos políticos para experimentar políticas sociais inovadoras, como programas de transferência de renda”, complementa o texto, que diz que esse tempo passou.

“Agora, esse círculo virtuoso foi substituído por um círculo vicioso. A América Latina está presa em uma preocupante armadilha de desenvolvimento. Suas economias sofreram uma década de estagnação ou crescimento lento. Seu povo, especialmente os jovens, que são mais instruídos que seus pais, ficaram frustrados com a falta de oportunidades. Eles voltaram essa raiva contra seus políticos, que são amplamente vistos como corruptos e egoístas. Os políticos, por sua vez, não conseguiram chegar a um acordo sobre as reformas necessárias para tornar as economias da América Latina mais eficientes. (…) a América Latina está aquém da economia do século 21”, critica a publicação, que chega a dizer que “os latino-americanos precisam reconstruir suas democracias a partir do zero”.

“The Communist”

Apesar de ser inglesa e não ter edição brasileira, a The Econimist costuma falar bastante do nosso país e influenciar o debate público. Bolsonaro, por exemplo, é alvo constante da revista e foi chamado de ameaça desde antes de sua eleição, em 2018.

Em junho de 2021, a revista publicou uma edição especial sobre o Brasil com críticas ao presidente Bolsonaro e à maneira como o país vinha lidado com a pandemia da Covid-19.

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Capa da Economist sobre o Brasil e a década perdida
Lula discursa ao lado de Alckmin e Dilma, em Porto Alegre
Corrida presidencial
O presidente Jair Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais
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Capa da Economist critica Dilma

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Capa da Economist sobre o Brasil e a década perdida

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Lula discursa ao lado de Alckmin e Dilma, em Porto Alegre

Divulgação/ Ricardo Stuckert
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Corrida presidencial

Yanka Romão/Arte/Metrópoles
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O presidente Jair Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais

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O governo federal reagiu à revista na época. Em uma série de posts nas redes sociais, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) contra-atacou: “A revista The Economist enterra a ética jornalista e extrapola todos os limites do debate público, ecoando no artigo ‘É hora de ir embora’ algumas das narrativas mais falaciosas, histriônicas e exageradas da oposição ao governo federal”.

As constantes críticas levaram a militância bolsonarista nas redes sociais a apelidar a The Economist como “The Communist”, ou “O Comunista”, em inglês.

A militância petista também tem motivos para criticar a publicação inglesa, que foi grande entusiasta do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.

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