Texto final do G20 pede cessar-fogo em Gaza e “paz justa” na Ucrânia
Documento ainda falou sobre combate à fome, ações climáticas e reforma na governança global
atualizado
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A declaração final da cúpula de líderes do G20 foi divulgada na noite desta segunda-feira (18/11). Entre outros pontos, o texto pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza e uma “paz justa” para o conflito na Ucrânia.
Segundo o documento, que tem 85 tópicos, todos os membros do G20 estão “unidos no apoio a um cessar-fogo abrangente em Gaza”, de acordo com uma resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU em junho deste ano.
Sobre o conflito na Ucrânia, que se arrasta por mais de dois anos, o bloco disse estar disposto a acolher “com satisfação todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura”.
Além de falar sobre conflitos, a declaração final dos líderes estabeleceu ações para três prioridades do grupo, presidido atualmente pelo Brasil. São elas: inclusão social e combate à fome e à pobreza; desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática; e a reforma na governança global.
O texto final ainda cobrou a taxação de super-ricos, como forma de reduzir desigualdades.
“Com total respeito à soberania tributária, nós procuraremos nos envolver cooperativamente para garantir que indivíduos de patrimônio líquidos ultra-alto sejam efetivamente tributados”, disse um trecho do documento.
A ONU, criticada anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também foi citada pelos líderes do bloco. Segundo o G20, é preciso realizar uma reforma no órgão, principalmente no Conselho de Segurança.
“Nós nos comprometemos a reformar o Conselho de Segurança por meio de uma reforma transformadora que o alinhe às realidades e demandas do século XXI, que o torne mais representativo, inclusivo, eficiente, eficaz, democrático e responsável, e mais transparente para toda a comunidade das Nações Unidas, permitindo uma melhor distribuição de responsabilidades entre todos os seus membros, ao mesmo tempo que melhora a eficácia e a transparência dos seus métodos de trabalho. Nós reivindicamos uma composição ampliada do Conselho de Segurança que melhora a representação das regiões e grupos sub-representados e não representados, como a África, Ásia-Pacífico e América Latina e Caribe”, disse o texto.
Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, sendo 10 deles rotativos e 5 permanentes que possuem decisão de veto em discussões.