metropoles.com

Testemunhas de ataque a Moïse compravam bebidas e ouviram “não olhem”

Assassinos disseram às testemunhas que queriam “dar um corretivo” no congolês. Guardas foram acionados pelos presentes, mas negaram ajuda

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arte: Carla Sena
moise 2
1 de 1 moise 2 - Foto: Arte: Carla Sena

Rio de Janeiro – A Polícia Civil localizou testemunhas que estavam no quiosque onde o congolês Moïse Kabagambe foi morto brutalmente, no último dia 24 de janeiro, durante uma sessão de espancamento. Elas disseram aos investigadores da Delegacia de Homicídios da capital que receberam ordens dos agressores para “não olhar para eles”.

Segundo os presentes, que compravam refrigerantes, os agressores justificaram os golpes alegando que Moïse estava assaltando as pessoas e eles “queriam dar um corretivo” no congolês.

12 imagens
A família do jovem relatou que ele tinha ido até o quiosque cobrar o pagamento de duas diárias atrasadas. Ele deveria receber R$ 200
A Justiça decretou a prisão cautelar de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como “Dezenove”, Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”, e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo” pela morte do congolês
As câmeras de segurança do quiosque registraram o espancamento. Por volta das 22h25, um funcionário do quiosque, de camisa listrada verde e preta, pega um pedaço de pau e contorna o freezer amarelo, durante a discussão. Moïse, de blusa preta e bermuda vermelha, pega uma cadeira e levanta a tampa da geladeira
Em seguida, ele solta o objeto e uma vassoura
Às 22:26, Moïse tira a camisa e abre o freezer. Totta, de casaco, camisa vermelha e short preto, derruba ele no chão
1 de 12

O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro

Reprodução
2 de 12

A família do jovem relatou que ele tinha ido até o quiosque cobrar o pagamento de duas diárias atrasadas. Ele deveria receber R$ 200

Reprodução
3 de 12

A Justiça decretou a prisão cautelar de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como “Dezenove”, Brendon Alexander Luz da Silva, o “Totta”, e Fábio Pirineus da Silva, o “Belo” pela morte do congolês

Reprodução
4 de 12

As câmeras de segurança do quiosque registraram o espancamento. Por volta das 22h25, um funcionário do quiosque, de camisa listrada verde e preta, pega um pedaço de pau e contorna o freezer amarelo, durante a discussão. Moïse, de blusa preta e bermuda vermelha, pega uma cadeira e levanta a tampa da geladeira

Reprodução
5 de 12

Em seguida, ele solta o objeto e uma vassoura

Reprodução
6 de 12

Às 22:26, Moïse tira a camisa e abre o freezer. Totta, de casaco, camisa vermelha e short preto, derruba ele no chão

Reprodução
7 de 12

O homem é derrubado no chão e imobilizado por Totta

Reprodução
8 de 12

Logo, Belo, de camisa amarela surge no vídeo também. Ele golpeia Moïse 14 vezes com um porrete

Reprodução
9 de 12

O congolês tenta se desvencilhar de Totta, cujo casaco acabou arrancado na luta

Reprodução
10 de 12

Na sequência, aparece Aleson, de regata vermelha e preta, que bate mais quatro vezes no congolês. Moïse é amarrado em seguida

Reprodução
11 de 12

Momentos depois, ao perceber que a vítima não reagia mais, Totta faz massagem cardíaca no congolês

Reprodução
12 de 12

Os outros homens levam gelo para ajudar. A gravação do espancamento termina às 22h54, quando os homens deixam o corpo sem vida de Moïsa no local

Reprodução

O refugiado, de acordo com testemunhas, foi atacado no quiosque Tropicália, por volta das 22h do dia 24 de janeiro. Uma delas chegou a pedir ajuda na areia, acionando dois guardas municipais, que não foram ao local. Quando subiu novamente ao calçadão para buscar auxílio, já acompanhada do marido, viu o estrangeiro amarrado e, possivelmente, sem vida.

A Guarda Municipal do Rio negou a informação e diz que “não recebeu notificação em relação ao testemunho relatado”. Mesmo assim, afirmou que enviou ofício à Polícia Civil solicitando mais detalhes sobre o depoimento.

A testemunha reconheceu o homem que pediu para ela “não olhar” como sendo Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”, que estava com uma blusa vermelha e preta do Flamengo. Ele aparece nas imagens dando golpes com o taco de beisebol em Moïse, já desacordado no chão.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?