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Testemunha diz que vítima de anestesista não conseguia segurar o bebê

Em depoimento, funcionária que desconfiou do anestesista afirma que o homem sedava as pacientes de forma “demasiada”

atualizado

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Giovanni Quintella Bezerra
1 de 1 Giovanni Quintella Bezerra - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – De acordo com uma das funcionárias que desconfiaram do médico anestesista Giovanni Quintella, de 31 anos, preso por estupro de vulnerável, ele sedava as pacientes “de maneira demasiada”. Segundo a testemunha, “as pacientes nem seque conseguiam segurar os seus bebês” após o parto.

As declarações foram feitas pela mulher durante depoimento. O médico foi preso na madrugada desta segunda-feira (11/7), após estuprar uma grávida no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Veja o vídeo:

 

 

Conforme o depoimento da  funcionária, ao qual o portal G1 teve acesso, o médico se posicionava sempre de forma a dificultar o campo de visão das pessoas que estavam na sala. “Giovanni ficava sempre à frente do pescoço e da cabeça da paciente, obstruindo o campo de visão de qualquer pessoa” na sala de cirurgia.

Segundo ela, o anestesista trabalhava na unidade de saúde há cerca de dois meses. Na data da prisão, ele sedou três mulheres e, de acordo com a testemunha, ela percebeu algo errado já no primeiro procedimento cirúrgico.

Consta no depoimento que, “após a saída do acompanhante da paciente da sala de cirurgia, Giovanni usou um capote, fazendo uma cabana que impedia que qualquer outra pessoa pudesse visualizar a paciente do pescoço para cima”.

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Giovanni Quintella Bezerra postou uma foto nas redes em que dizia: "Camarão que dorme, rende mais no plantão"
Vídeo flagra médico anestesista estuprando grávida durante parto cesárea
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante
Giovanni Quintella Bezerra
Giovanni Quintella foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11/7)
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Giovanni Quintella Bezerra

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Giovanni Quintella Bezerra postou uma foto nas redes em que dizia: "Camarão que dorme, rende mais no plantão"

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Vídeo flagra médico anestesista estuprando grávida durante parto cesárea

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Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante

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Giovanni Quintella foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11/7)

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Ele é acusado de estupro contra uma grávida que estava em cesárea

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Ele é formado pelo Centro Universitário de Volta Redonda

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Anestesista é preso por estuprar mulher que estava em parto

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Na segunda operação do domingo, segundo a funcionária, “Giovanni usou o capote aberto nele próprio, alargando sua silhueta, e se posicionou de uma maneira que também impedia que qualquer pessoa pudesse ver a paciente do pescoço para cima”.

“Giovanni, ainda posicionado na direção do pescoço e da cabeça da paciente, iniciou, com o braço esquerdo curvado, movimentos lentos para frente e para trás”, disse a testemunha.

“Pelo movimento e pela curvatura do braço, pareceu que estava segurando a cabeça da paciente em direção à sua região pélvica”, afirmou.

O médico foi preso em flagrante depois que, desconfiados, funcionários do hospital gravaram o abuso. Ainda de acordo com a testemunha, os funcionários posicionaram o celular em um armário com portas de vidro, mas não acompanharam a cesariana dentro da sala e só viram as imagens quando pegaram o telefone, por isso, não puderam interromper o crime.

Após a prisão em flagrante do médico anestesista, a mãe de uma outra paciente que teria sido atendida por ele relatou que a filha voltou “suja” da cirurgia.

Em entrevista à TV Globo, ela afirmou que a filha tinha “algumas casquinhas secas, brancas” sobre o rosto e o pescoço. “Achava que era algum medicamento entornado”, disse.

Ela ainda disse que a filha contou que Giovanni ficou o “todo tempo perto da cabeça” e que, ao ser questionado sobre o sono que a paciente sentia, teria dito: “Não, fica calma, relaxa, dorme, fica tranquila”.

Estupro

No vídeo, feito na noite de domingo (10/7), é possível observar que Giovanni coloca o pênis na boca da vítima, que estava desacordada. O ato dura cerca de 10 minutos, e ele, em seguida, limpa o rosto da mulher.

O médico já havia participado de outras cirurgias ao longo de domingo (10/7) e levantado suspeitas pelo seu comportamento e pela quantidade de sedativo que dava para grávidas. Ele foi preso pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti e autuado por estupro de vulnerável, cuja pena é de 8 a 15 anos de prisão.

Ao Metrópoles, a Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Saúde do Estado do Rio afirmaram “repudiar veementemente a conduta do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra” e se colocaram “à disposição da polícia”.

Os órgãos informaram que será aberta uma sindicância interna responsável pelas medidas administrativas e que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj) foi notificado.

Cremerj confirmou que recebeu as denúncias e abriu “imediatamente um procedimento cautelar para suspensão imediata do médico, devido à gravidade do caso”. O conselho também afirmou que processo ético-profissional foi instaurado e que poderá resultar na cassação de Giovanni.

Em nota, a defesa do médico informou que aguarda acesso aos depoimentos para se manifestar.

Veja a íntegra da nota:

“A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manisfestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella”.

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