Testemunha de defesa de Dilma é exonerado do MEC de Weintraub
O Metrópoles revelou que Wagner Vilas Boas havia ganhado poder junto ao ministro, mesmo com passado ligado aos petistas
atualizado
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, exonerou, na última sexta-feira (22/11/2019), o diretor da Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Difes) Wagner Vilas Boas. O gestor tinha passado ligado aos governos petistas, e foi, inclusive, testemunha de defesa da ex-presidente Dilma Roussef no processo de impeachment. A ligação foi revelada em reportagem do Metrópoles.
Vilas Boas, ao longo dos governos do PT, chegou ao cargo de secretário-executivo adjunto do ministério. O gestor é funcionário concursado da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas foi cedido ao MEC. Ele foi nomeado no dia 24 de abril, 16 dias após a chegada de Weintraub no ministério.
No passado, Vilas Boas chegou a ser alvo de um inquérito do Ministério Público Federal (MPF) em 2013 por suposto favorecimento de sua esposa em um concurso.
Ana Karina Militão Vilas Boas foi beneficiada pela alteração de critério de pontuação que era previsto no edital para a Ebserh e pulou da 170ª posição para 9ª, garantindo a nomeação como analista administrativo entre as 12 vagas disponíveis. Na época, Wagner era da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento do MEC, à qual a Ebserh – e os seus concursos – tem ligação. O processo, no entanto, foi extinto.
Neste ano, sua esposa também conseguiu um cargo no ministério. servidora concursada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), também foi transferida para um órgão ligado ao Ministério da Educação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).