Tesoureiro tucano diz que decisão por Doria para presidente é soberana
Em carta divulgada neste sábado (2/4), Cesar Gontijo alegou que apoio a Eduardo Leite é isolado. Alegou ainda que as prévias elegeram Doria
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Em carta divulgada neste sábado (2/4), o tesoureiro nacional do PSDB, Cesar Gontijo, defendeu que a escolha do governador de São Paulo, João Doria, para disputar a Presidência da República em outubro é “soberana”. E que o apoio a Eduardo Leite é “isolado” para disputar o maior cargo do Executivo no país. Semana passada, Doria chegou a renuncia à candidatura.
“Assim, o ex-governador Eduardo Leite é livre para pleitear qualquer outro cargo, mas o de presidenciável, por decisão do PSDB e da Federação, já está ocupado e não está aberto a esse tipo de especulação”, diz um dos trechos do comunicado.
Gontijo alegou ainda que as prévias de novembro elegeram Doria e Leite ficou em segundo lugar. “É inadmissível, inviável e de um total desconhecimento das regras que regem o PSDB acreditar que o candidato escolhido pelo voto pode ser trocado. O PSDB tem um único candidato, com nome e sobrenome: João Doria”, diz outro trecho.
Gontijo inicia o comunicado no qual classifica com um equívoco o suposto apoio da “cúpula do PSDB” ao ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. Ele ainda se refere à possibilidade de Leite assumir o lugar de Doria na disputa pelo Palácio do Planalto como “especulação”.
O tesoureiro tucano cita os líderes que conduziram o processo eleitoral no partido, ao lado do candidato eleito: além de Gontijo, o presidente Bruno Araújo, o secretário-geral, Beto Pereira, e os dois líderes de bancada do PSDB no Congresso Nacional, Izalci Lucas (Senado) e Adolfo Viana (Câmara).
“Qualquer outra liderança do PSDB que não componha esse núcleo ou outro cargo indicado Executiva não tem nenhuma legitimidade para falar em nome do partido a respeito do processo eleitoral. Fora isso, será opinião pessoal e isolada”, alegou no documento.
Papel da Federação
O tesoureiro destacou o papel da Federação na corrida presidencial. “A Federação foi oficializada quando já havia sido feita a escolha de João Doria para presidente, e sua consolidação demonstra o aval irrestrito dos parceiros do Cidadania à decisão já tomada e a proposta de construção de uma terceira via”.
Para Gontijo, qualquer desfecho diferente da escolha de Doria é “fantasiosa, descabida, mal intencionada e acima de tudo, é ilegal, nula, pois o Estatuto do PSDB determina que, uma vez eleito, o candidato detém o mandato para representar o partido. Que fique claro que não existe nenhuma esfera do partido que possa alterar essa eleição”.
O tesoureiro ressaltou que prevalece a decisão do partido, que está reafirmada na carta do presidente Bruno Araújo divulgada na última quinta-feira (30/3).