Terroristas de 8/1 usavam máscaras contra gás, luvas e portavam estilingues
Imagens de drones e de câmeras do STF mostram que os terroristas estavam preparados para possível embate com a polícia
atualizado
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Imagens dos ataques terroristas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, mostram homens fortemente preparados para a invasão dos prédios dos Três Poderes. Os manifestantes que depredaram o prédio da Suprema Corte portava máscaras contra gás e luvas de proteção. Uma grande bandeira com as cores do Brasil foi usada como escudo contra balas de borracha.
Sem sofrer tentativa de contenção por parte de policiais militares, os vândalos usaram bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela Polícia Judicial. Os terroristas usaram luva para pegar os artefatos jogados pelos agentes do judiciário e atiravam de volta.
Quando os bolsonaristas se aproximaram da Praça dos Três Poderes, a equipe de inteligência avisou às polícias que havia pessoas portando estilingues, pedras e vestindo equipamentos de proteção, como máscaras e coletes. Mesmo assim, os políciais consideraram que o ato seria pacífico e não seguiram plano de ação traçado dias antes.
Veja imagens de manifestantes portando máscara e outros equipamentos de proteção:
As duas barreiras de contenção que eram para ser feitas na Esplanada dos Ministérios não ocorreram. A estimativa é que, no momento dos ataques, 500 policiais militares estivessem no local para conter os manifestantes.
Gravações de drones e das câmeras do STF mostram que os extremistas andavam tranquilamente pelos policiais. Eles entraram nos prédios filmando a ação. Beberam água dos bebedouros da Corte e, depois, destruíram o que viram pela frente.
Veja vídeo:
Dentro da Corte, eles quebraram o que viram. Bustos, uma réplica da Constituição Federal, o plenário. Um dos manifestantes ataca com água de uma mangueira retirada do sistema contra incêndio, a obra: “Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje”, do artista Masanori Uragami.
Veja imagens das câmeras de segurança internas do STF:
O avanço para invasão do Supremo começou por volta de 15h30 e, somente uma hora depois, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PMDF; o Comando de Operações Táticas, da Polícia Federal e a polícia judicial conseguem retomar o prédio.
Por toda a ação dos extremistas, que tinham como intuito provocar estado de sítio no país e tomar o poder, o STF estima, parcialmente, prejuízo de R$ 5,923 milhões.
Os manifestantes tentaram, inclusive, incendiar o plenário da Corte, mas não obtiveram sucesso pela atuação dos policiais judiciais e do sistema contra incêndio da Corte.