‘Terrorismo é um fato com o qual temos que lidar’, afirma COI
Após a operação da Polícia Federal, o Comitê Olímpico Internacional elogiou o trabalho das forças de segurança do País
atualizado
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Um dia após a Polícia Federal prender dez suspeitos de planejar um atentado nos Jogos do Rio, Christophe Dubi, um dos dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) mais ativos na preparação do Rio para os Jogos Olímpicos, afirmou que “o terrorismo é um fato com o qual temos que lidar”. Ao mesmo tempo, ele elogiou o trabalho das forças de segurança do País e disse que, quando a Olimpíada começar, “vocês podem ter certeza de que os Jogos estarão seguros”.
Historicamente, o COI sempre evitou tratar de temas como segurança, porque isso poderia parecer uma tentativa de interferência nos governos locais. E, nesta sexta, o diretor executivo do COI para os Jogos Olímpicos também procurou não se aprofundar no tema durante conversa com um grupo de jornalistas no hotel onde está hospedado, na Barra da Tijuca.
“Segurança é uma responsabilidade dos governos locais”, sustentou Dubi. Ao mesmo tempo, porém, foi incisivo ao declarar que espera uma Olimpíada sem nenhum incidente. “É uma prioridade absoluta para o COI que todos os atletas e torcedores estejam nos Jogos completamente seguros”, afirmou.
Sobre o risco de um atentado durante a Olimpíada, Dubi preferiu falar em linhas gerais. “Tenho um filho de 14 anos. Ele me perguntou na semana passado sobre isso”, contou. “E eu disse pra ele que o mundo mudou. O terrorismo não está só num país ou outro. O terrorismo, infelizmente, é um fato com o qual temos que lidar.”
O dirigente revelou ainda que o COI fora informado pelo Rio-2016 sobre a ação da polícia na quinta-feira. E elogiou o trabalho das forças de segurança do País. “Eu não sou um especialista nisso, mas sei que autoridades de segurança de vários países assistiram a uma apresentação dos brasileiros sobre a segurança da Olimpíada. Eles demonstraram muita confiança”, afirmou Dubi.
O diretor executivo apontou ainda para a cooperação de agentes estrangeiros. “A colaboração de diversos países estrangeiros, que têm expertise no assunto, é muito importante”, disse. “Quando a Olimpíada realmente começar, vocês podem ter certeza de que os Jogos estarão seguros.”