Terra Yanomami: PF reforça segurança em base atacada por garimpeiros
PF reforçará efetivo na região de Polimiú, em Roraima, terra Yanomami, após troca de tiros contra garimpeiros na quinta-feira (23/2)
atualizado
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A base da Polícia Federal (PF) será reforçada no território Yanomami, em Roraima, segundo confirmou a corporação nesta sexta-feira (24/2). A decisão foi tomada após o local ser alvo de tiros por garimpeiros que tentavam levar minério extraído da reserva. Um dos criminosos acabou ferido durante o tiroteio e, em seguida, foi preso.
Segundo a PF, o efetivo na região que faz parte da Operação Libertação está em deslocamento até a base na região do Palimiú, em Roraima. A operação é feita em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Força Nacional e o Ministério da Defesa.
“A Polícia Federal informa que parte do efetivo envolvido na Operação Libertação está mobilizada para deslocamento até a base instalada na região do Palimiú, com apoio de helicópteros das Forças Armadas, após informações de inteligência apontarem para uma possível movimentação de garimpeiros em busca de retaliação pela ação ocorrida na região nesta madrugada, quando barcos com cassiterita tentaram furar a barreira de fiscalização instalada no rio Urariocoera e atiraram contra agentes federais”, informou a PF, em nota.
Entenda o caso
O ataque ocorreu na base que fica na aldeia Palimiú. O Ibama informou que, na quinta-feira (23/2), agentes do órgão foram alvo de disparos feitos por criminosos que invadiram o acampamento, instalado há duas semanas. A região vive uma crise humanitária causada pelo avanço do garimpo.
Ainda de acordo com o Ibama, os invasores furaram um bloqueio montado no Rio Uraricoera e atiraram contra agentes que haviam abordado uma das embarcações. Os fiscais revidaram; na troca de tiros, um dos garimpeiros ficou ferido.
O homem foi detido pela PF por atacar servidores públicos e estava internado até a noite de quinta. Segundo o governo, os suspeitos desciam o rio em sete “voadeiras”, uma embarcação movida a motor com estrutura e casco de metal, de 12 metros carregadas de cassiterita.