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Terceiro suspeito por massacre em Suzano é apresentado ao MP

O possível participante, que é menor de idade, está em uma audiência de custódia na Vara da Infância e da Juventude

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Terceiro suspeito de ataque em Suzano
1 de 1 Terceiro suspeito de ataque em Suzano - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Enviado especial a Suzano (SP) – O terceiro adolescente suspeito de envolvimento no massacre do colégio Estadual Raul Brasil, em Suzano, chegou, por volta da 10h40, ao Fórum da cidade. Ele foi apresentado nesta sexta-feira (15/3) ao Ministério Público.

Ao ser entregue no Fórum, o adolescente vestia um moletom preto com capuz e cobria a cabeça. Ele foi levado ao local em um carro preto da Polícia Civil, ao lado da sua mãe. Nem o suspeito nem a polícia deram declarações.

O possível participante do ataque, que não teve o nome divulgado, é menor de idade e será ouvido em uma audiência de custódia na Vara da Infância e da Juventude. Se o Ministério Público entender que ele pode atrapalhar as investigações, há a possibilidade de ele ser encaminhado a uma unidade de internação.

Inicialmente, a Polícia Civil pediu à Justiça que o menor fique apreendido por pelo menos 45 dias. Na manhã desta sexta, policiais à paisana amanheceram na porta da casa onde mora o suspeito. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) expediu mandado de busca e apreensão na casa do menor.

No Fórum de Suzano, foi grande a movimentação de jornalistas, curiosos e policiais. Antes de ser trazido para a unidade da Justiça, o menor passou pelo Instituto Médico Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito.

Segundo investigações, ele teria ajudado os atiradores Guilherme Taucci Medeiros, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, a planejar o ataque. Para a polícia, no dia do tiroteio o adolescente não esteve na escola, palco do crime.

Veja fotos do enterro de Samuel, uma das vítimas

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Enterro de Samuel foi um dos mais lotados no primeiro dia de sepultamentos das vítimas
Durante o sepultamento, o pai segurava um brinquedo de Samuca
Muitos moradores seguravam flores brancas durante enterros de jovens estudantes: comunidade pede paz
Segundo o pai de Samuel, embora muito abalada, a família dispensou apoio psicológico e está se fortalecendo na fé e em amigos
Cemitério Municipal São Sebastião recebeu os corpos de quatro estudantes e uma professora da escola 
Raul Brasil no dia seguinte ao crime
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Samuel tinha 16 anos e estava matriculado havia pouco mais de três meses no Colégio Raul Brasil, palco central da chacina em Suzano (SP)

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Enterro de Samuel foi um dos mais lotados no primeiro dia de sepultamentos das vítimas

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Durante o sepultamento, o pai segurava um brinquedo de Samuca

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Muitos moradores seguravam flores brancas durante enterros de jovens estudantes: comunidade pede paz

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Segundo o pai de Samuel, embora muito abalada, a família dispensou apoio psicológico e está se fortalecendo na fé e em amigos

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Cemitério Municipal São Sebastião recebeu os corpos de quatro estudantes e uma professora da escola Raul Brasil no dia seguinte ao crime

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Veja fotos dos sepultamentos e velórios dessa quinta: 

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Velório dos mortos na escola em Suzano
Caixão sendo enterrado em Suzano
Sepultamento de vítima do massacre de Suzano
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Velório de vítimas do ataque em escola de Suzano

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Velório dos mortos na escola em Suzano

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Caixão sendo enterrado em Suzano

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Sepultamento de vítima do massacre de Suzano

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Crime e polícia 
Segundo as autoridades locais, a chegada da polícia na cena do massacre evitou que os criminosos matassem e ferissem mais gente (23 foram atendidos em hospitais da região). As investigações apontam que a dupla criminosa planejou o massacre durante um ano.

Imagens captadas por câmeras de segurança da rua onde fica a escola e da entrada da unidade de ensino mostram os criminosos chegando ao local e o ataque às vítimas. Após Guilherme Taucci Medeiros, de 17 anos, atirar contra alunos e funcionários, Luiz Henrique de Castro, 25, atingia com golpes de machado quem já estava no chão.

Quem eram 
Os dois responsáveis pelo massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), eram ex-alunos do colégio e usaram armas atípicas para atacar estudantes e funcionários. O crime aconteceu no horário do intervalo, por volta de 9h30, quando os estudantes estavam fora das salas. Dez pessoas morreram – incluindo os autores e o tio de um deles, que não estava no colégio – e ao menos 23 vítimas foram encaminhadas a hospitais.

Os criminosos foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25. O aniversário de Luiz Henrique seria no próximo dia 16, quando ele faria 26 anos. Já Monteiro atingiria a maioridade no dia 5 de julho.

O veículo que foi utilizado no massacre fora roubado da concessionária do tio de Guilherme, morto antes de os assassinos irem para o colégio. Tanto o comerciante quanto a dupla de executores foram sepultados nessa quinta, em cerimônias reservadas e acompanhadas por poucos familiares.

Veja imagens do massacre em Suzano:


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Além dos 10 mortos, muitos alunos e funcionários ficaram feridos

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Relatos
Sobreviventes contaram ao Metrópoles terem passado ao lado de corpos de amigos para escaparem da fúria dos criminosos. Um estudante chegou ao hospital mais próximo ainda com o machado usado por Luiz Henrique cravado no ombro. A notícia de que havia algo errado na escola, onde boa parte da população estudou ou tem ainda algum conhecido matriculado, se espalhou rapidamente. Desesperados familiares também correram para o colégio à procura de suas crianças.

Apelos pela paz
Antes mesmo da divulgação de que outras pessoas possam estar envolvidas no crime, e ainda circulando pela cidade, o medo de novos ataques já dominava os moradores de Suzano. A comunidade tem se unido em oração – antes dos velórios e sepultamentos, participaram de missavigília em frente ao Colégio Estadual Rui Barbosa. Deixaram no muro flores, velas e mensagens em honra aos mortos e feridos na tragédia.

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Velas foram acesas e flores, depositadas junto ao muro da Escola Professor Raul Brasil, em Suzano

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