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“Tentamos salvar o Rhuan”, diz pai de menino esquartejado pela mãe

Garoto de 9 anos foi morto, a facadas, enquanto dormia. Depois, a mãe e a companheira dela esquartejaram o corpo. Pai conta que buscou ajuda para encontrar o filho, levado pela ex-mulher em 2015

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Reprodução/Redes sociais
Maycon com o filho Rhuan, morto e esquartejado pela mãe
1 de 1 Maycon com o filho Rhuan, morto e esquartejado pela mãe - Foto: Reprodução/Redes sociais

Anápolis (GO) – Maycon Douglas Lima de Castro, de 27 anos, foi acordado na manhã deste sábado (01/06/2019) com a notícia de que o filho, Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9, havia sido brutalmente assassinado na noite anterior.

Enquanto dormia, a criança foi morta pela mãe, Rosana Auri da Silva Candido, com ajuda da companheira dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, 28 anos. Ambas confessaram o crime e estão presas.

Segundo a polícia, depois de matarem Rhuan a facadas, as mulheres esquartejaram a criança e tentaram queimar partes do corpo na churrasqueira da casa onde moravam. Houve também tentativa de se desfazerem do cadáver colocando pedaços em uma mala e duas mochilas. Os restos mortais de Rhuan foram localizados em dois endereços: no lote onde a mãe e a companheira dela moravam, na QR 619 de Samambaia (DF), e na via pública da QR 425, em frente à creche Azulão, onde Rosana largou a mala. Ela foi vista por pessoas que estavam em um campo de futebol: desconfiadas da atitude da mulher, tarde da noite, as testemunhas acionaram a polícia.

“Quando vi as fotos delas [das acusadas], eu não queria acreditar”, disse Maycon, por telefone, ao Metrópoles. Foi a primeira vez que ele comentou a perda brutal do filho. O pai soube do crime na manhã deste sábado, quando acordou. “Eu não queria acreditar. Pensei que era mentira”, resumiu.

Desempregado, o pai do menino ainda não sabe como vai fazer para viajar para o Distrito Federal e cuidar da liberação e sepultamento do corpo. Entre momentos de silêncio seguidos por soluços, Maycon Douglas contou à reportagem como a família dele fez buscas pela criança, levada pela mãe em 2015. “A gente postava no Facebook fotos e as pessoas indicavam onde ele estava. Tentamos salvar o Rhuan”, garantiu.

Buscas pela criança
Foi assim que ele soube que o filho e a mãe – sua ex-mulher – haviam passado por Goiânia e Anápolis (GO). O pai de Maycon e avô do menino, Francisco das Chagas de Castro, de 63 anos, viajou do Acre para Goiás em janeiro de 2017, mas não encontrou o neto.

Ainda de acordo com Maycon, a mãe de Rhuan não apresentava nenhuma personalidade violenta antes de fugir com a criança. “Ela sumiu. Eu queria ver meu filho, mas ela não permitia”, disse.

Isso ocorreu após Rosana conhecer Kacyla Priscyla, em uma igreja evangélica. “Elas se conheceram e começaram um caso. Depois fui embora, mas sempre voltava para ver meu filho, brincar com ele. Pouco tempo depois elas sumiram”, detalhou o homem. Segundo os investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), onde o caso é apurado, as mulheres, Rhuan e a filha de Kacyla, de 8 anos, viviam de forma quase clandestina no DF.

Para Maycon, a Justiça não fez nada para salvar a vida do filho. “Nós buscamos ajuda na polícia, no Conselho Tutelar, ligamos para todos os lugares possíveis”, lembra. “Nosso advogado conseguiu um mandado, mas ninguém parecia querer ajudar a gente”, ressaltou. Pedidos de informações sobre o paradeiro da criança também foram postados na internet (veja galeria abaixo):

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O garoto foi morto pela própria mãe
Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino
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Apelos por informações que levassem ao menino Rhuan foram postados nas redes sociais

Reprodução
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O garoto foi morto pela própria mãe

Foto cedida ao Metrópoles
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Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino

Foto cedida ao Metrópoles

Veja imagens do local da tragédia e da apuração do homicídio:

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Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala
Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira
Camisa usada pelo menino na hora do crime
Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso
Crime foi investigado pela equipe da 26ª DP. As duas mulheres foram presas em casa, logo após cometerem o assassinato
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Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, foi assassinado pela própria mãe e pela companheira dela: partes do corpo foram achadas pelos policiais ainda na casa da família

Michael Melo/Metrópoles
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Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala

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Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira

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Camisa usada pelo menino na hora do crime

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Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso

Michael Melo/Metrópoles
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Crime foi investigado pela equipe da 26ª DP. As duas mulheres foram presas em casa, logo após cometerem o assassinato

Michael Melo/Metrópoles

 

Ajuda
Maycon e Rosana ficaram dois anos casados. “O casamento acabou e ela ficou morando com a minha família. Eu fui embora quando descobri que ela tinha um caso com a mulher que conheceu na igreja, e depois causou tudo isso [o crime]”, acusou.

Sem emprego, Maycon, que mora na periferia de Rio Branco (AC), pede ajuda para conseguir dinheiro. “Quero viajar para Brasília e dar para o meu filho um enterro digno. Aqui, ele vai ser sepultado pelas pessoas que o amam. Vai ser aplaudido por ter sido nosso guerreiro”, disse. “Sobrou apenas o sorriso dele”, completou o pai, desolado.

Rosana e Kacyla estão presas. Durante interrogatório (veja vídeos abaixo), nenhuma teria demonstrado arrependimento. Elas supostamente admitiram não ter a guarda das crianças e haver fugido do Acre sem conhecimento dos pais de Rhuan e da filha de Kacyla. Viviam escondidas. Para não chamar atenção, os filhos não iam à escola havia cerca de dois anos. Após a descoberta do assassinato de Rhuan, a filha da companheira da mãe do garoto foi encaminhada a um abrigo no DF.

 

Veja o que a mãe, Rosana Auri da Silva Candido, disse sobre o assassinato:

 

Veja depoimento da companheira da mãe, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa:

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