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Tenor negro denuncia racismo em abordagem da PM por “atitude suspeita”

Cantor disse que PMs saíram com “cara de frustração” após não localizarem nenhuma acusação criminal contra ele, no Guarujá, no litoral de SP

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O tenor Jean William acusa a Polícia Militar de Santos de racismo
1 de 1 O tenor Jean William acusa a Polícia Militar de Santos de racismo - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O tenor Jean William, um homem negro de 36 anos, denunciou em redes sociais uma abordagem racista que sofreu da Polícia Militar, na última quinta-feira (27/01), no litoral de São Paulo.

Os PMs alegaram que o cantor estava em “atitude suspeita” enquanto fazia a travessa de balsa entre Santos e Guarujá.

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Jean William questiona: "O racismo e seus tentáculos... Até quando?"
Jean William diz que teve arma apontada para sua cara
O tenor Jean William acusa a Polícia Militar de Santos de racismo
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O tenor Jean William foi abordado por policiais militares na balsa de Santos para Guarujá

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Jean William questiona: "O racismo e seus tentáculos... Até quando?"

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Jean William diz que teve arma apontada para sua cara

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O tenor Jean William acusa a Polícia Militar de Santos de racismo

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O cantor lírico não foi informado qual seria o motivo da abordagem, mas um dos policiais lhe perguntou se ele tinha feito algo diferente enquanto dirigia pela região.

William respondeu que precisou desviar de um caminhão na estrada, antes de embarcar na balsa. Um dos agentes alegou que esse poderia ser “o motivo de ter vindo uma denúncia”, de acordo com William. Ele contou ainda que os PMs saíram com “cara de frustração” depois da abordagem.

“Viram os documentos e perguntaram minha profissão. Ao verem que eu não era um bandido e nem havia passagem criminal, saíram com cara de frustração e me permitiram seguir viagem. O Racismo e seus tentáculos… Até quando?”, criticou no Instagram.

Arma apontada

William contou ao jornal Folha de S. Paulo que um dos policiais lhe apontou a arma, em direção ao seu rosto, e ordenou que descesse do seu carro, da montadora Jeep (uma marca considerada de alto padrão), enquanto ele estava na balsa.

“Que risco eu estava representante de dentro do meu carro, parado numa balsa, olhando pro mar, para que ele apontasse a arma daquela forma? Eu não entendo”, lamentou William em entrevista à Folha de S. Paulo.

Depois de apontar a arma, o policial ainda lhe perguntou se o carro era dele, se ele já tinha sido preso e se transportava drogas. O carro ainda foi revistado na sequência.

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo alegou que não houve queixa registrada na Corregedoria da PM e que a instituição está à disposição da vítima.

“A Corregedoria da instituição está à disposição da vítima para formalização da denúncia, junto à sede do Comando de Policiamento do Interior-6 (CPI-6), localizado na Avenida Coronel Joaquim Montenegro, 282, bairro Aparecida, em Santos. A PM ressalta que seus procedimentos operacionais de abordagem e fiscalização são baseados em princípios legais e técnicos”, alegou a SSP-SP.

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