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Tenente do Exército é preso após disparar tiros por causa de som alto

Luciano Antonio Binatti disse que efetuou disparos por medo e para se proteger porque foi atendido por jovem mais forte que ele

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Reprodução: PCGO
luciano antonio binatti
1 de 1 luciano antonio binatti - Foto: Reprodução: PCGO

Goiânia – Um tenente do Exército de 51 anos foi preso em flagrante, no domingo (15/8), após disparar tiros de arma de fogo na porta de vizinho por causa de festa com som alto, no Jardim Guanabara, região norte da capital goiana. Luciano Antonio Binatti disse à Polícia Civil de Goiás que efetuou os disparos para o alto por ter medo de ser agredido, já que, no portão, foi atendido por um jovem que seria mais forte que ele.

Na delegacia, o primeiro tenente do Exército afirmou que, na madrugada de domingo, os jovens perturbaram o seu sossego e de sua irmã, que estava na casa dele temporariamente para se repousar durante tratamento médico na capital. No interrogatório, ele disse que se dirigiu à casa ao lado, em frente ao quartel da corporação, e pediu que baixasse o volume do som porque estava muito alto.

O eletricista Wanderson Carvalho Lima, de 28, que saiu no portão primeiro após o chamado do tenente, afirmou à polícia ter desligado o som imediatamente, com controle remoto. Mas, segundo ele, o militar continuou a reclamar e a gritar no local, bastante exaltado. O jovem confirmou que sete pessoas consumiam bebida alcoólica na residência, mas que o som estava em volume médio.

“Muito alterado”

Em depoimento, o jovem Lohan Ibrahin de Sousa Alves, de 20, afirmou que já estava dormindo no local da festa no momento dos disparos e que, ao se levantar, viu Lima no portão da residência, já com o som desligado. Segundo ele, o militar estava “muito alterado” e, a todo momento, batia no peito de seu amigo e apontava a arma para todos que estavam na área da casa.

Alves disse, ainda, que, em seguida, foi ao portão para ajudar Lima e pediu que todos fossem embora. No entanto, de acordo com informações repassadas por ele à polícia, o militar afirmou que ninguém sairia de lá até que uma equipe da Polícia Militar chegasse ao local.

O tenente confirmou à polícia  ter aberto a porta do veículo em que Alves tentou ir embora e que o “orientou que saísse do veículo e aguardasse uma equipe da PM chegar”. O militar também contou que, em outros vários momentos, pediu aos mesmos vizinhos que diminuíssem o volume do som alto, sempre que fizeram confraternizações no local.

De acordo com as testemunhas, a casa é de um proprietário identificado pela polícia apenas como Rogério. O sobrenome dele não foi divulgado, motivo pelo qual o Metrópoles não conseguiu ouvi-lo.

Defesa

O defensor público Tiago Igor Souza, responsável pela defesa do tenente, pediu à Justiça que fosse concedida a liberdade provisória do militar, o que foi negado.

Em sua solicitação, o defensor chegou a citar recomendações de autoridades sanitárias contrárias à aglomeração de pessoas durante a pandemia da Covid-19 e ressaltou que o militar é primário, além de ter trabalho lícito e endereço fixo.

Apesar de se manifestar pela legalidade do flagrante, a promotora de Justiça Juliana Giovanini Gonçalves entendeu não haver necessidade de converter o flagrante em prisão preventiva, o que ainda não foi analisado pela Justiça.

O Metrópoles não obteve retorno do Exército, para saber se foi instaurado algum procedimento administrativo disciplinar, até o momento em que publicou esta reportagem.

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