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Tempo entre captação e venda de carros usados no DF dobrou na pandemia

Em janeiro, as concessionárias mantinham seus veículos nos pátios por 36 dias, em média; em maio, chegou a 79, segundo estudo da MegaDealer

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Em janeiro deste ano, o governo da China designou uma equipe de médicos especialistas para investigar o início de uma pandemia assustadora, a do novo coronavírus. As concessionárias de automóveis do Distrito Federal mantinham seus carros no estoque, naquele mês, por 36 dias (média). Esse era o tempo médio entre a captação e a venda de um carro usado. 

Em fevereiro, a confirmação do primeiro brasileiro infectado com o novo vírus. No Japão, já havia 33 casos anotados – alguns em navio de cruzeiro em quarentena perto de Yokohama. O mundo começava a sentir tanto os efeitos sociais quanto econômicos: as lojas de Brasília já deixavam seus produtos por 54 dias nos pátios. 

Em março, o presidente da República, Jair Bolsonaro, começou a minimizar a pandemia, com várias declarações do tipo “É uma gripezinha”. Em maio, com o auge do isolamento social, o estoque das concessionárias do Distrito Federal já não girava por 79 dias. 

Segundo o Estudo de Performance de Veículos Usados (PVU) 2020, produzido pela empresa de consultoria e pesquisa de mercado MegaDealer, em parceria com a startup AutoAvaliar, em todo o país, esse período bateu nos 69 dias em maio – aumento de mais de 60% na comparação com os 42 dias de março, mês em que teve início a quarentena. 

E o Centro-Oeste, segundo a pesquisa, foi uma das regiões mais prejudicadas pela pandemia. O período de estadia dos automóveis nos estoques das concessionárias já chega a 62 dias na região. 

O trabalho apontou que, entre e março e maio deste ano, 45.147 veículos foram avaliados pelas concessionárias locais – que efetivaram 8.146 captações. Neste mesmo período, o lucro médio bruto por cada veículo chegou a R$ 5.072, com uma margem de lucro média de 10,8%.

No caso de marcas premium como Audi, BMW, Land Rover, Mercedes-Benz, Subaru e Volvo, esse tempo em estoque chegou a 80 dias nas lojas de todo o Brasil. 

Mas a margem bruta em maio retornou para um patamar superior a 11% e o preço médio de venda no mês chegou a R$ 46.134 por unidade, o mais alto no ano.

Os números foram obtidos a partir de 650 mil operações analisadas em mais de 2 mil concessionárias. A média de 2019 apontava mais de 153 mil avaliações e 41 mil captações por mês; em abril de 2020, esses números haviam caído, respectivamente, para 38,1 mil e 11,3 mil. 

A partir de maio, com a flexibilização da quarentena, reabertura parcial das concessionárias e Detrans, as avaliações subiram para 80 mil; as captações, para 19 mil. 

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