Tempestades e inundações deixam RS em alerta. Vídeos
Tempestades intensas causam destruição no RS, com casas alagadas, ventos de mais de 100 km/h e moradores desalojados em várias regiões
atualizado
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O Rio Grande do Sul enfrenta uma onda de tempestades que têm provocado danos em diversas regiões do estado. Cidades no Sul do estado estão entre as mais atingidas, com relatos de destruições em residências e comércios.
Veja:
Em Camaquã, uma das cidades mais afetadas, a prefeitura decretou situação de emergência. A Defesa Civil relatou que as rajadas de vento ultrapassaram 100 km/h em uma tempestade na terça (24/9), agravando ainda mais os impactos da chuva volumosa que já vinha caindo nos últimos dias.
“Casas tiveram danos. A gente está com uma força-tarefa da Defesa Civil, com os bombeiros, com as secretarias municipais”, informou Rafael de Moura, coordenador da Defesa Civil.
As áreas de várzea em Camaquã, como Pacheca, Esquina Pacheca, Capororoca, Aguada, Charqueada, Areal e Ilha Santo Antônio, sofreram com inundações. Também houve registro de estragos em estradas rurais, dificultando o deslocamento em várias partes do município.
Quatro pessoas ficaram feridas ao tentar reparar telhados danificados, o que levou as autoridades a intensificar as orientações de segurança. Para os desalojados, o ginásio municipal foi preparado para servir de abrigo.
Outras regiões também sofrem
A situação grave por causa das chuvas não é exclusiva de Camaquã. Outras cidades da região Sul, Campanha e Fronteira Oeste também enfrentam problemas decorrentes da chuva e dos ventos fortes.
Em Bagé, uma casa na Rua General Gomes Carneiro desabou, forçando a evacuação de imóveis vizinhos devido ao risco de novos desmoronamentos.
Na cidade de Piratini, moradores foram surpreendidos pela queda de granizo com pedras de até 7 centímetros de diâmetro e pesando quase 200 gramas.
Dom Pedrito também registrou episódios de granizo, e várias famílias tiveram que deixar suas casas.
Em Pelotas, barragens estão sob vigilância
Em Pelotas, a maior cidade da região Sul, a preocupação é com as barragens localizadas no bairro Passo do Salso.
A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) acompanha de perto a situação, após o risco de ruptura iminente das estruturas ser identificado.
Segundo a Defesa Civil local, medidas emergenciais foram adotadas para proteger a população das áreas de risco, realocando moradores e redirecionando o fluxo de água para regiões desabitadas.
No entanto, a prefeitura de Pelotas tranquilizou a comunidade com uma nota informando que as intervenções necessárias nas barragens foram concluídas, eliminando o risco imediato de inundação.
Antes disso, 21 famílias precisaram sair de casa na Vila Farroupilha, no Corredor das Tropas e no Posto Branco, sendo encaminhadas para abrigos públicos ou casas de parentes.
Granizo e alagamentos interrompem atividades
Outras cidades da região Sul também registraram episódios de granizo e inundações. Em São Lourenço do Sul, o Arroio São Lourenço transbordou.
Já em Piratini, Canguçu, Turuçu, Jaguarão, Cristal, Pinheiro Machado, Dom Pedrito e São José do Norte, o granizo foi o principal causador dos estragos, com pedras de gelo danificando telhados, veículos e plantações.
A severidade das condições climáticas também impactou o funcionamento de instituições educacionais. Universidades e institutos federais, como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) e a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), suspenderam suas atividades em função dos riscos apresentados pelas tempestades.
Rio Grande do Sul enfrenta chuvas novamente
O cenário atual de destruição não é inédito para o Rio Grande do Sul. Durante o final de abril e maio deste ano, fortes chuvas já haviam causado inundações em todo o estado.
No total, foram mais de 2 milhões de pessoas afetadas. As chuvas desalojaram mais de 500 mil pessoas e deixaram mais de 180 mortos.
De acordo com o levantamento do governo estadual, 478 dos 497 municípios gaúchos foram atingidos.