“Temos um presidente da República que é um psicopata”, afirma Doria
Segundo o governador de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro deveria ser avaliado por psicólogos e psiquiatras
atualizado
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São Paulo – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), expressou mais uma vez o descontentamento com a gestão do atual mandatário do país, Jair Bolsonaro (sem partido). “Neste momento, temos um presidente da República que é um psicopata”, disparou.
Em entrevista ao Valor Econômico, Doria disse que o negacionismo de Bolsonaro em relação à pandemia da Covid-19 é por razões ideológicas e psiquiátricas.
“Ele deveria ser avaliado por uma junta médica de psiquiatras e psicólogos”, sugeriu o tucano. “Gostaria muito do parecer da junta médica, para dizer qual é o nível de psicopatia e loucura que tem o presidente do Brasil.”
A respeito da postura do chefe do Executivo nacional quanto à pandemia, Doria afirmou que, apesar da antipatia da população em relação ao lockdown, faz o que faz por compreender o momento e por querer prezar pela saúde. E disse que não teme o impacto desse posicionamento na sua corrida para a eleição presidencial nem tem medo de como isso pode ser usado por Bolsonaro.
“É o bom senso de compreender o que é prioridade. Bolsonaro não me esquece, acorda e dorme pensando em mim, é uma obsessão doentia, essa fixação no João Doria e na calça do João Doria, a ‘calça apertada’ do João Doria. Vai ver que ele gosta”, assinalou o governador.
Lula e Bolsonaro
Na iminência de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, questionado quanto ao seu apoio ao chefe do Executivo nacional na eleição passada e se faria o mesmo em relação ao PT, levando em conta seu desprezo pela gestão atual, Doria evitou se posicionar de forma definitiva.
“Temos o primeiro turno, não podemos saltar partes. Uma eleição tem suas partes. Sair da extrema direita para um governo de extrema esquerda e manter o enfrentamento permanente durante quatro anos? Todos indo às ruas, xingando e ameaçando os que têm o pensamento no outro extremo? Não é um futuro que se deseje”, frisou o tucano.
O governador de SP acredita numa terceira via para as eleições presidenciais. “Não é um sonho, se tivermos capacidade de somar forças. Colocar homens públicos e sociedade civil em torno de um projeto para o Brasil. Podemos extrair deste projeto um nome competitivo para enfrentar os extremos”, pontuou.