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São Paulo – O estado de São Paulo chegou nesta sexta-feira (26/2) a 6.767 pacientes com Covid-19 internados em leitos de UTI. Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, esse número é um novo recorde desde o início da pandemia – em comparação ao índice registrado no pico da primeira onda, em 29 de julho (6.250), supera em 517 internações de pessoas em estado grave.
“E pasmem: [são] 357 pacientes a mais do que tivemos na última segunda-feira. São quase 400 pessoas internando nos últimos quatro dias, 100 pessoas por dia”, assinalou o secretário, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Gorinchteyn afirmou que o estado corre risco de enfrentar um colapso no sistema de saúde devido ao aumento de internações, caso a população não faça a sua parte, respeitando protocolos sanitários e regras determinadas pelo governo.
“Estamos fazendo o melhor, mas tudo tem limite: recursos humanos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, espaços em UTIs. Temos risco de colapsar. Precisamos do apoio da população. Mais do que nunca, a população tem de acolher nossos chamados, os nossos pedidos. Não é só perder paladar, olfato: é perder a vida”, disse o secretário.
Com o crescente índice de ocupação dos leitos, que tem aumentado a uma taxa de 1,6% ao dia, o governo paulista decidiu regredir a Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, para a fase laranja do plano estadual de quarentena, a partir de segunda-feira (1º/3), além das regiões de Campinas, Registro e Sorocaba. Já as cidades de Marília e Ribeirão Preto recuaram para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo.
Se essas medidas não fossem adotadas, segundo o secretário, o estado correria o risco de esgotamento de leitos em 20 dias. “Na Grande São Paulo, teríamos esgotamento, um colapso em 19 dias”, declarou. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 70,8% na Grande São Paulo e no estado, em 70,4%.