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Temer recebe primeiras cartas de demissão para desincompatibilização

Ricardo Barros, Osmar Terra e Paulo Rabello de Castro deixam seus cargos para poder participar das eleições deste ano

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1 de 1 temer-bolado-840×559-840×559 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Começaram nesta terça-feira (27/3), oficialmente, os primeiros anúncios de saída de membros do governo em virtude da campanha eleitoral. As primeiras baixas são no Ministério da Saúde e no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Saúde, Ricardo Barros, depois de comunicar mais cedo que sairia nesta terça, entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer. Na carta, agradeceu o “apoio incondicional” à sua gestão e se disse orgulhoso de trabalhar com o chefe do Executivo nacional.

“Despeço-me registrando ter sido motivo de muito orgulho integrar uma equipe que tanto tem contribuído para a consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil e desejando a continuidade do sucesso dessas ações com as quais não deixarei de colaborar”, diz o documento.

O ministro, que está licenciado do mandato de deputado federal, é pré-candidato à reeleição em outubro e precisava entregar a titularidade da pasta até o dia 7 de abril, prazo definido para desincompatibilização de quem ocupa cargos públicos. Barros vai concorrer ao sexto mandato parlamentar pelo Paraná. Agora, ele volta às suas atividades no Congresso. “Já limpei as gavetas. Estou pronto para a Câmara dos Deputados, para a missão na Comissão de Orçamento”, disse a jornalistas.

Em evento realizado no Palácio do Planalto, Barros e o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, agradeceram ao presidente a confiança em seus discursos. “Temos muito orgulho de trabalhar com o senhor, que, em todos os níveis, fez um grande trabalho, e de servir ao seu lado”, declarou Terra. Ele vai deixar o cargo na próxima semana para tentar se reeleger na Câmara.

BNDES
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, também entregou sua carta de demissão nesta terça-feira (27/3). O político pretende concorrer à Presidência da República. Segundo o documento, ele deixa o banco no último dia de março.

“[…] entregamos a Vossa Excelência e ao país duas grandes instituições brasileiras, muito bem equipadas, prontas para contribuir de modo decisivo na transformação da economia e da sociedade brasileira […]. O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento de apoio”, pontuou Rabello.

De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, os nomes dos substitutos ainda não foram definidos.

Meirelles
Outro de malas prontas para sair do governo é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A previsão é de que ele entregue sua carta de demissão no início da próxima semana. Na terça (3/4), pretende assinar sua filiação ao MDB, mesmo partido do presidente Michel Temer.

Nos bastidores, fala-se, inclusive, sobre a possibilidade de o titular da Fazenda fazer uma dobradinha com o chefe do Executivo nacional, que manifestou seu interesse em concorrer pela reeleição, saindo como candidato a vice-presidente.

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