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Temer fala em “aposentadoria relativa” após deixar a Presidência

O presidente disse que vai escrever um livro sobre seu mandato

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Presidente Michel Temer da posse ao ministro Marun – Brasília(DF), 15/12/2018
1 de 1 Presidente Michel Temer da posse ao ministro Marun – Brasília(DF), 15/12/2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Uma “aposentadoria relativa”. Assim o presidente Michel Temer definiu nesta quarta-feira (29/8), pela primeira vez, o que pretende fazer após deixar o cargo, em 1º de janeiro. “Faltam quatro meses apenas. Tive uma vida pública e universitária muito próspera. [Na Presidência] tive muitos problemas, mas eu já cumpri vários papéis. Penso já estar na hora de uma relativa aposentadoria”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco.

“Pretendo sair, dar meus pareceres na área jurídica. Quero escrever alguns livros técnicos e também romances; já escrevi quatro livros, e quero ter muita tranquilidade”, continuou. “Mas não deixarei de acompanhar a vida pública nacional. Um ex-presidente é muito procurado, pode contribuir com o país”, completou.

Perguntado se também escreveria um livro sobre “os trancos e barrancos da Presidência”, o presidente concordou. “Teremos um livro. Vou relatar os muitos equívocos e falsidades. Fui vítima de uns detratores, muitos deles condenados, outros desmoralizados, e eu quero contar a verdade de tudo isso. Aliás, a verdade tem aparecido pouco a pouco”, destacou o presidente.

Temer prosseguiu: [Apareceram] vários fatos reveladores dos quais falei lá no início sobre um procurador da República, hoje denunciado, e sobre o grampeador já preso e agora condenado por ofender a minha honra”. Sem citar nomes, ele se referiu ao ex-procurador Marcello Miller e ao empresário Joesley Batista, respectivamente. “Quero colocar a limpo essas coisas todas e deixar esse registro na história recente”, afirmou.

Michel Temer disse ainda que as denúncias, inscritas na delação premiada de Joesley Batista – hoje suspensa – funcionaram “praticamente como dois pedidos de impeachment”. Vencidos na Câmara, segundo ele, graças “ao prestígio e o relacionamento muito profícuo com os parlamentares e o reconhecimento repudiando essas denúncias pífias”. Ele também falou sobre encarar a continuidade do processo, o qual chamou de “matéria processual”, após o fim do mandato “com toda a tranquilidade”. “Não tenho preocupação com o futuro”, afirmou.

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