Temer elogia Silva e Luna e diz que Petrobras deve ser preservada
Joaquim Silva e Luna foi ministro da Defesa durante o governo de Michel Temer. Governo tenta encontrar alternativa para comando da estatal
atualizado
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Em meio à indefinição de um nome para o comando da Petrobras, o ex-presidente da República Michel Temer (MDB) elogiou o trabalho do general Joaquim Silva e Luna, demissionário da estatal.
Luna foi ministro da Defesa durante o governo de Michel Temer. “Sabe que o Luna trabalhou comigo no Ministério da Defesa, depois fez um belíssimo trabalho em Itaipu. Acho que ele vinha se desempenhando adequadamente na Petrobras”, avaliou o ex-presidente.
A declaração foi dada durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, no qual Temer proferiu palestra em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil.
Temer também avaliou que é preciso “preservar” a Petrobras e disse que a estatal é importante para o orçamento federal e para o setor privado.
“Eu acho que é preciso preservar a empresa. A maioria dos acionistas da empresa são privados, mais de 60%, eu acho. Então, é preciso compor esses interesses privados com interesses públicos. A Petrobras é uma empresa extremamente rentável que colabora com o orçamento da União e com o orçamento privado. É preciso preservá-la e acho que o governo vai fazer isso”, concluiu.
Comando da Petrobras
Pressionado desde o último reajuste de combustíveis anunciado pela Petrobras, Silva e Luna foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada, quando o governo apresentou a lista de novos conselheiros da Petrobras para aprovação na Assembleia Geral de Acionistas, prevista para o próximo dia 13 de abril.
Apesar de ter sido tirado da direção da petroleira, Silva e Luna não deve deixar o cargo enquanto uma solução definitiva para o comando da companhia não for acertada.
Na segunda-feira, a Petrobras confirmou a desistência de Luiz Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, para a vaga no Conselho Administrativo do órgão.
Landim abriu mão do cargo no conselho, segundo ele, para cuidar do Flamengo. Em carta endereçada aos torcedores, ele afirmou que já havia avisado ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a desistência.
Também na segunda-feira, o economista Adriano Pires, indicado pelo governo federal para comandar a Petrobras, oficializou sua desistência em assumir a presidência da empresa, em carta enviada ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
No texto, Pires fala em “compromisso de continuar na luta pelo desenvolvimento do mercado de óleo e gás”, e agradece a indicação de seu nome.
A Albuquerque, Adriano Pires ressaltou que suas atividades como consultor do setor de óleo e gás para várias empresas o impedem de assumir as rédeas da Petrobras.