Temer celebra punição a Bretas, que o prendeu em 2019: “Eu esperava”
Juiz Marcelo Bretas foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça sob a acusação de direcionar processos e combinar sentenças
atualizado
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) celebrou nesta quarta (1º/3) decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que afastou o juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, e abriu Processo Disciplinar Administrativo (PAD) que pode resultar na demissão do magistrado.
“A decisão em nada me surpreendeu. Era o que eu esperava”, escreveu Temer, em nota oficial divulgada em suas redes sociais. “A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da Justiça. Isso é o que, como constitucionalista e ex-presidente da República, me tranquiliza”, completou o ex-presidente do Brasil.
Por ordem de Bretas, Temer foi preso em março de 2019, no âmbito da operação Lava Jato, com base em uma delação que indicava o pagamento de propinas ao dirigente do MDB. O ex-presidente sempre se disse inocente.
Punição a Bretas
O CNJ decidiu, na terça (28/3), abrir Processo Disciplinar Administrativo (PAD) e afastar Marcelo Bretas de seu cargo de juiz. O magistrado responde a investigações disciplinares por supostas irregularidades cometidas na operação.
No julgamento feito em sigilo, a maioria dos conselheiros considerou que Bretas supostamente manteve relações com procuradores e advogados para direcionar processos, combinar sentenças e conduzir apurações contra alvos predefinidos. As acusações precisam de apuração e o juiz não pode estar no cargo enquanto isso ocorre.
Veja a postagem do ex-presidente Temer:
#micheltemer #notaàimprensa pic.twitter.com/MR4GlOhzIN
— Michel Temer (@MichelTemer) March 1, 2023