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Temer cede aos caminhoneiros e anuncia redução no preço do diesel

Em pronunciamento, presidente da República divulgou pacote de mudanças para tentar solucionar a greve

atualizado

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1 de 1 michel temer - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

Em pronunciamento na noite desse domingo (27/5), o presidente Michel Temer anunciou um pacote de cinco mudanças para conter a crise de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros nas estradas brasileiras. A principal delas envolve a redução do preço do diesel: R$ 0,46 centavos, desconto válido por 60 dias.

Daqui a dois meses, segundo o presidente, os reajustes serão apenas mensais. Três das mudanças serão aplicadas por meio de medidas provisórias: isenção da cobrança do eixo suspenso nos pedágios de rodovias federais, estaduais e municipais; garantia de 30% dos fretes na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); e tabela mínima de frete, conforme prevista no Projeto de Lei nº 121, sob análise no Senado Federal.

“O governo está assumindo sacrifícios no orçamento. Naturalmente, honrará essa diferença de custo sem nenhum prejuízo para a Petrobras”, explicou Temer. “Nós fizemos nossa parte para atenuar problemas e sofrimentos. As medidas que acabo de anunciar atendem a praticamente todas as reivindicações que nos foram apresentadas”.

Na parte final do pronunciamento, Temer disse esperar que a greve dos motoristas de caminhão encerre após as medidas anunciadas. “Quero manifestar minha plena confiança no governo e no espírito natural de responsabilidade, de solidariedade, de patriotismo de cada um daqueles caminhoneiros que servem ao nosso país. Avançamos na implantação de muitas medidas diante de uma perspectiva do movimento encerrar a paralisação”.

Negociação
A equipe econômica foi chamada ao Palácio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensações foram avaliados. Além de restrições orçamentárias, empecilhos legais tiveram de ser examinados.

Na primeira rodada de negociações com os caminhoneiros, quando foi acordado que a Petrobras baixaria em 10% o preço do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma trégua de 15 dias na paralisação, o Ministério da Fazenda estimou em R$ 5 bilhões o valor das compensações do Tesouro Nacional à estatal. Agora, com a validade do congelamento do preço nos postos – e não na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas serão proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindicações custarão R$ 10 bilhões ao Tesouro.

Com informações da Agência Brasil

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