Temer afirma que diminuirá dependência externa de combustíveis
Segundo presidente, o governo trabalha para reduzir de 11,5% para 7% a importação de derivados de petróleo pelo país
atualizado
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Em pronunciamento durante evento sobre as metas do RenovaBio, projeto que trata da política pública adotada no Brasil sobre biocombustíveis, o presidente Michel Temer declarou que o governo trabalha para reduzir de 11,5% para 7% a dependência externa de combustíveis do país.
“O Brasil estará menos exposto à variação internacional do preço do petróleo e às flutuações cambiais” ressaltou o presidente. Ainda segundo Temer, além da redução das importações de produtos derivados de petróleo, o governo pretende reduzir em 10% a emissão de gases de efeito estufa para os próximos 10 anos.
Para alcançar a meta, o Planalto espera um maior uso de biocombustíveis como etanol e biodiesel, que são menos poluentes. Isso traria, segundo o presidente, menor dependência do mercado externo de petróleo e consequente redução no preço dos combustíveis. “Portanto, quem sabe, num futuro muito próximo, consigamos evitar acontecimentos como este que se verificou na semana passada”, disse o presidente, referindo-se à greve dos caminhoneiros, deflagrada por conta dos elevados preços do diesel. O movimento provocou uma crise no abastecimento no país, inclusive com falta de combustíveis e longas filas em postos.Redução de gás carbônico
As metas propostas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) compõem a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Elas reduzem 10% nas emissões de carbono na matriz de combustíveis do país, passando dos atuais 74,25 gramas de gás carbônico por megajoule (g CO2/MJ) para 66,75 g CO2/MJ, o que corresponde à retirada de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2028.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MME), o estabelecimento da meta provocará investimentos de R$ 1,3 trilhão em expansão da produção de biocombustíveis nos próximos 10 anos e redução de, pelo menos, 0,84% do preço dos combustíveis ao consumidor ao final do período.
“[A aprovação das metas são] exatamente para dar o testemunho do compromisso do governo brasileiro com a qualidade de vida no mundo, com a possibilidade de baixar o preço do combustível, que às vezes nos captura, como recentemente nos capturou. São medidas que não terão efeito amanhã, mas nos próximos 10 anos”, reforçou o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.
Na avaliação do presidente, as metas do RenovaBio representam ganhos ao consumidor, pois, geram combustíveis com preço mais acessíveis e “maior poder de escolha”. “Naturalmente ganha toda a sociedade”, destacou Temer. (Com informações da TV NBR e da Agência Brasil)