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“Tem sido um pesadelo”, diz mãe de bebê trocado em berçário de Goiás

Juciara Silva deu à luz em 29 de dezembro e foi envolvida em um caso de troca de crianças em Aparecida de Goiânia (GO); caso está na polícia

atualizado

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Juciara Maria Silva, de 28 anos, mãe de um dos bebês trocados em hospital de Aparecida de Goiânia (GO)
1 de 1 Juciara Maria Silva, de 28 anos, mãe de um dos bebês trocados em hospital de Aparecida de Goiânia (GO) - Foto: Galtiery Rodrigues/Metrópoles

Goiânia – Desde o dia 29 de dezembro, a dona de casa Juciara Maria Silva, de 28 anos, convive com a dúvida se o bebê que ela carrega nos braços, acalenta, cuida e amamenta é dela realmente. A indecisão existe desde que ela deu à luz em um hospital de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, e foi embora para casa com um bebê.

Ela e uma outra mãe foram envolvidas em uma troca de crianças no berçário, motivada por um erro de protocolo da unidade de saúde. Somente no último dia 20/1 um exame de DNA indicou a troca. Agora, elas tentam atestar a troca e resolver o caso da melhor forma possível, esclarecendo todos os detalhes.

“Tem sido um pesadelo o que estou vivendo. Não desejo a ninguém o que estou enfrentando. Não desejo a nenhuma mãe”, disse Juciara na tarde desta sexta-feira (28/1), com o bebê nos braços, na porta da delegacia onde os envolvidos no caso estão reunidos.

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Juciara Silva vai à delegacia com bebê em 28/1/22
O filho de Juciara nasceu no final de dezembro de 2021
Eduardo Augusto Mendonça, advogado da Juciara
Juciara Silva é mãe de uma das crianças
Bebês teriam sido trocados em hospital de Aparecida de Goiânia. Famílias aguardam exame de DNA e resolução do caso
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Juciara Maria Silva, de 28 anos, que teve bebê trocado em um hospital de Aparecida de Goiânia (GO)

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Juciara Silva vai à delegacia com bebê em 28/1/22

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O filho de Juciara nasceu no final de dezembro de 2021

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Bebês teriam sido trocados em hospital de Aparecida de Goiânia. Famílias aguardam exame de DNA e resolução do caso

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Meninos no fim do ano

O local onde tudo ocorreu chama-se Hospital São Silvestre. Juciara e uma outra gestante, Viviane Alcântara Dias, deram à luz no mesmo dia (29/12), e as duas tiveram meninos. As crianças nasceram em um intervalo de menos de 1h. Na sala de parto, as pulseirinhas de identificação teriam sido trocadas em um erro interno, que está sendo investigado.

O próprio hospital identificou indícios da falha, antes das mães recebeream alta, e ofereceu a realização de um exame de DNA. Cada uma das mães teve a amostra de sangue comparada com o bebê que elas haviam recebido no quarto e os resultados, segundo a unidade, confirmou a troca.

Um dos exames atestou que uma das mulheres não é a mãe da criança que ela recebeu e o outro deu resultado inconclusivo. O resultado só saiu no último dia 20/1. As mães foram informadas nessa segunda-feira (24/1).

Investigação

O caso foi parar na polícia, após o próprio hospital, por meio de sua representante jurídica, registrar o boletim de ocorrência. Conforme a advogada Luciana de Castro Azevedo, que representa a unidade de saúde, uma das mães não se prontificou em fazer a troca dos bebês, demonstrou-se abalada e resistente à ideia.

As duas famílias estão reunidas na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, nesta tarde, para chegar a um consenso. As duas crianças completam um mês de vida neste fim de semana e permaneceram trocadas nesse período.

A investigação pretende realizar um segundo exame de DNA para fazer a contraprova e cruzamento das amostras de sangue. Além de confirmar a troca, a intenção é corrigir o erro, certificando o bebê correto para cada uma das mães.

“Quero que resolva o mais rápido possível”

Juciara chegou à delegacia demonstrando-se disposta em fazer a troca. Ela disse que pretende resolver logo a situação, se confirmada que houve mesmo a troca.

“Minha família está sofrendo muito”, afirma.

Desde o dia 29/12, quando foi ventilada a possibilidade de que o filho dela havia sido trocada, a dona de casa passou a conviver com a dúvida e com o que ela chama de pesadelo.

Nesse período, foi impossível, segundo ela, não criar vínculo afetivo com a criança, até porque ela passou nove meses esperando pela chegada do filho.

“Estava tudo pronto para a festinha de mêsversário dele, neste fim de semana, e tive que cancelar tudo para esperar a confirmação”, conta ela.

Esse é o quarto filho de Juciara, que diz jamais ter imaginado que um dia estaria passando por isso. Ela é natural de Petrolina (PE) e vive em Goiás há sete anos.

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