“Tem Pfizer?”: cariocas selecionam imunizantes em postos de vacinação
Movimento nos locais de aplicação de imunizantes contra Covid-19 na cidade do Rio tem oscilado de acordo com a marca disponível
atualizado
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O posto de vacinação contra a Covid-19 no bairro da Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, registrou oscilação no movimento na manhã dessa quinta-feira (24/6).
Em um primeiro momento, quando a única vacina disponível era a Coronavac, o movimento foi abaixo do esperado.
Após a chegada do imunizante da Pfizer, no entanto, houve súbito aumento na frequência de mulheres de 49 anos – idade selecionada nessa data para a vacinação.
“Nas duas primeiras horas, só com a Coronavac, aplicamos pouco mais de 100 doses. Após a chegada de vacinas da Pfizer, durante cerca de uma hora, foram mais de 160 pessoas. A notícia se espalhou, e notamos o aumento do movimento”, explicou Rosangela Frossard, coordenadora do posto de vacinação.
A hesitação diante da vacina produzida no Instituto Butantan, em São Paulo, tem sido frequente nos pontos de vacinação na cidade do Rio. Esta é a percepção dos próprios técnicos da Secretaria Municipal de Saúde.
Com a justificativa de que viaja bastante para outros países, a carioca Cristina Manzalli, de 48 anos, chegou ao posto pedalando e, sem pular da bicicleta, perguntou: “tem Pfizer?”.
“É a pergunta que mais ouvimos por aqui”, diz Rosângela.
“Estou escolhendo porque viajo muito. Tem países que só aceitam vacinados com Pfizer. Não escolhi, é a regra dos lugares”, disse Crisitina.
A funcionária da Prefeitura do Rio ressalta que todos os imunizantes são eficazes e necessários para conter a propagação na cidade. “Não dá pra escolher vacina. Vacina boa é a que tem! É a que está no braço”, acrescentou Rosângela.