Tecnologia: capitais se unem para gerar soluções inovadoras no Brasil
Buscando unir desenvolvimento tecnológico às políticas públicas, capitais firmam termo de cooperação para promover inovações para municípios
atualizado
Compartilhar notícia
Buscando unir o desenvolvimento tecnológico às políticas públicas, os municípios de Aracaju, Porto Alegre e São Paulo firmaram um termo de cooperação para garantir que as inovações geradas pela inteligência artificial se tornem em melhorias concretas na vida da população.
O documento foi assinado na última quinta-feira (11/4) pela Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam-SP) e o próprio município de Aracaju.
A colaboração levou em consideração interesses mútuos em desenvolver e agregar projetos que contribuam para a consolidação de um governo digital e de uma cidade inteligente. Basicamente, as capitais se unem para fomentar a cultura da inovação na área pública, atuando em conjunto com o poder público e empresas. O termo tem o prazo de 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período.
De acordo com Johann Dantas, presidente da Prodam-SP, a ideia é fundamental para que possam “compartilhar experiências, onde equipes de São Paulo possam falar com Aracaju e com Porto Alegre, construindo soluções em conjunto e dividi-las”.
“Nós temos alguns projetos em andamento em Porto Alegre. A gente sabe que a inteligência artificial, quanto mais testada, fica melhor e mais assertiva. Nós temos, por exemplo, um sistema de detecção de buracos em asfalto e que está com 72% do processo dessa atividade, colocando câmeras nos carros. O próprio tribunal de contas do estado quer entrar nessa parceria para ajudar a testar, para comprovar a qualidade do asfalto. Então quanto mais a gente testar, treinar em conjunto diferentes municípios, mais fortes vamos ficar”, menciona Letícia Batistela, presidente da Procempa.
Walter de Andrade, Diretor de Inovação do município de Aracaju, ressalta a importância de utilizar soluções de sucesso em outras cidades e apropriá-las em outras localidades do país: “Essa é a coisa que fica mais bacana, é conseguir, de fato, ter acesso pleno às soluções desenvolvidas e pensadas para a cidade de São Paulo para serem aplicados em Aracaju, Porto Alegre e outras lugares”.
A consolidação dos interesses marcou a segunda edição do Smart Gov NE, realizado em Aracaju nos dias 10 e 11 de abril. O evento apresentou iniciativas de sucesso e discutiu a utilização da Inteligência Artificial (IA), reunindo gestores de tecnologia, secretários municipais, prefeitos e representantes de 60 cidades de todas as regiões do país. A ação foi promovida pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti).
“O número recorde de cidades inscritas mostra que estamos conseguindo ampliar o ecossistema público de inovação no país. As prefeituras, cada vez mais, estão compreendendo que inovação e tecnologia tornam as gestões mais eficientes, aumentam muito a qualidade do serviço público oferecido, trazem impactos altamente positivos e facilitam a vida dos cidadãos. A cultura de cidades inteligentes veio para ficar”, comenta Johann Dantas, que também é presidente da Anciti.
Soluções inovadoras
Durante o evento da Smart Gov NE, foi apresentado uma série de soluções inovadoras que transformam a tecnologia em melhorias que mudam realmente a vida das pessoas. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, indicou como esse processo de modernização vem tomando conta da capital sergipana.
Um dos tópicos mencionados é o da existência de documentos pessoais virtuais, como por exemplo o prontuário eletrônico. A cidade conta ainda com um processo que está registrando a presença de alunos da rede pública de educação, gerando dados sobre, por exemplo, as matérias que cada estudante tem mais dificuldade.
Além disso, em cidades como Rio de Janeiro e Curitiba, a inteligência artificial já é usada para otimizar a gestão hospitalar, prever epidemias e identificar tratamentos personalizados com base em dados genéticos. Em outros casos, São Paulo e Belo Horizonte implementam sistemas na educação para personalizar o ensino, adaptando-o às necessidades individuais dos alunos.
