Técnicos da Educação “comemoram” mesversário de greve com o governo
Técnicos-administrativos em educação (TAEs) estão em greve há 90 dias e ainda negociam reajustes salariais com o governo Lula
atualizado
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Em meio à reunião com o governo federal em Brasília, na tarde desta terça-feira (11/6), os técnicos-administrativos em educação (TAEs) “comemoraram” o mesversário de greve e levaram um bolo com os dizeres “90 dias em greve” para a frente do ministério onde a reunião ocorreu.
Além do bolo principal, servidores da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) levaram bolinhos dos três meses de greve aos participantes da mesa específica e temporária da categoria. Entre os presentes, estava o secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, principal negociador do governo com o funcionalismo.
A proposta do governo Lula (PT) para os técnicos prevê um reajuste de 9% em 2025 e de 5% em 2026. Após a rodada desta terça, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, disse que foram atendidas demandas colocadas anteriormente pela categoria.
“Entendemos que esta reunião de hoje foi uma reunião que evoluiu bastante na proposta, não só do ponto de vista da recomposição salarial, que significa não só a reposição de toda a inflação projetada para esse terceiro mandato do presidente Lula, mas uma importante recuperação de perdas nos governos anteriores que sequer negociavam com a categoria”, disse Feijóo.
Em nota, o MGI disse que a nova proposta apresentada nesta terça para os TAEs prevê aceleração na progressão na carreira e incentivo à qualificação dos servidores.
A oferta prevê reajuste médio de 29,6% em quatro anos, ganhos com progressão (step) de 4% a partir de 2026 e reajuste final de 25% a 44%, dependendo da classe e do nível na carreira.
Reajuste em benefícios
Para 2024, não está previsto reajuste salarial porque, segundo o governo, não há espaço orçamentário. Como sinalização ao funcionalismo, o Ministério da Gestão assinou com o conjunto dos servidores do Executivo federal um reajuste nos valores dos benefícios (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar), válido a partir de maio deste ano.
“Vale lembrar que, a exemplo de todos os servidores públicos federais, os TAEs receberam reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que chegou a R$ 1.000, e de 51% no auxílio-saúde e auxílio-creche”, frisou o governo na nota desta terça-feira.
Neste ano, as negociações têm sido feitas com cada categoria em mesas de negociação específicas, com índices de correções apenas para os próximos dois anos. Com os professores de universidades e institutos federais, por exemplo, foi assinado um acordo em 27 de maio, mas ele está atualmente suspenso por decisão da justiça.