Tebet: governo está “muito próximo” de alcançar o déficit zero em 2024
Ministra do Planejamento, Simone Tebet afirmou que também há condições de atingir a meta de déficit zero no ano de 2025
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou, nesta quarta-feira (4/9), que o governo está “muito próximo” de atingir a meta de resultado primário estabelecida para este ano de 2024, de déficit fiscal zero.
À rádio CBN, a chefe de pasta também voltou a celebrar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. A economia brasileira cresceu 1,4% no período (abril, maio e junho), frente ao primeiro trimestre deste ano.
Ela disse que o país poderá crescer até 3% no ano, sem inflação, “desde que o crescimento seja com diversidade, ou seja, não é só o agronegócio, tem que comparecer a indústria”.
A expansão da economia brasileira ocorreu devido ao crescimento do setor de serviços (1%) e da indústria (1,8%). A agropecuária, que costuma ter um peso relevante na economia brasileira, recuou -2,3%.
“Eu tenho tranquilidade de dizer que com esse crescimento do PIB, consequentemente com o aumento das receitas, sem aumentar a carga tributária, em função desse crescimento, aliado aos ajustes que estamos fazendo em parceria com o Congresso Nacional, nós estamos muito próximos de alcançar a meta zero ainda em 2024”, afirmou a ministra.
Na terça (3/9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que o índice previsto pela Fazenda pode chegar a 2,8% em 2024. Vale lembrar que a área econômica revisa as projeções periodicamente.
Tebet cita revisão de gastos
Segundo ela, com a revisão de gastos da ordem de R$ 25,9 bilhões, também há condições de alcançar essa mesma meta no ano de 2025, conforme consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano.
A ideia é que haja uma melhoria gradual das contas públicas até 2028, quando se prevê chegar ao superávit primário de 1% do PIB, da seguinte forma:
- 2024: déficit 0;
- 2025: déficit 0;
- 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões);
- 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões);
- 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões).