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Tebet engrossa coro de auxiliares de Lula e defende Júlio Lancellotti

Lula, ministros e a primeira-dama Janja manifestaram apoio ao padre Júlio Lancellotti após ameaça de CPI em São Paulo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
A cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na foto, a ministra aparece diante de bandeira do Brasil sorrindo e com as mãos juntas - Metrópoles
1 de 1 A cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na foto, a ministra aparece diante de bandeira do Brasil sorrindo e com as mãos juntas - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, engrossou o coro de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em favor do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, após pedido de investigação por parte da Câmara Municipal de São Paulo por conta de seu trabalho assistencial com a população da Cracolândia, no centro da cidade.

Em mensagem postada no X (antigo Twitter) nesta sexta-feira (5/1), Tebet expressou solidariedade ao padre e defendeu seu trabalho em defesa da população em situação de rua. Para ela, o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentado pelos vereadores é uma “forma de autopromoção eleitoral”.

Ela salientou que o trabalho em defesa da população em situação de rua e a atuação crítica do padre devem ser valorizados, “pois nos ajudam a sair da zona de conforto e a avançar nas políticas públicas”. E completou: “O uso de CPI como forma de autopromoção eleitoral, conteúdos caluniosos nas redes sociais na busca por likes em detrimento da verdade e o debate que desqualifica moralmente o oponente com objetivos eminentemente eleitoreiros merecem nosso repúdio. É preciso subir a régua da política nacional”.

Outros auxiliares de Lula também têm manifestado apoio ao padre. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política, classificou a proposta de CPI como “inacreditável”. “Parece uma tentativa de perseguição a defensores da justiça social”, disse.

Por sua vez, o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral, pasta responsável pela interlocução com os movimentos sociais, considerou o pedido de investigação uma tentativa de “manchar o belo trabalho” feito pelo padre.

A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, disse que o religioso “está sofrendo uma perseguição. Quando você está do lado dos indesejáveis, você é indesejável também”, escreveu ela.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, publicou uma foto com Júlio Lancelloti e disse estar “sempre ao seu lado”.

Na quinta-feira (4/1), o próprio chefe do Executivo deu “graças a Deus” pela atuação de figuras como o padre Júlio na capital paulista. “(O padre) Dedica sua vida a seguir o exemplo de Jesus. Seu trabalho e da Diocese de São Paulo são essenciais para dar algum amparo a quem mais precisa”, escreveu Lula.

Vereadores desistiram

Após repercussão negativa, cinco vereadores retiraram o apoio à instalação da CPI. O vereador Thammy Miranda (PL) chegou até a fazer uma live com o padre. O líder do Governo, Fabio Riva (PSDB), declarou que não há nenhum acordo na Casa para iniciar a investigação.

Tanto o padre Júlio quanto o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo da Igreja Católica em São Paulo, conversaram com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre o assunto. A ambos, Nunes afirmou que a petição original, assinada pelos vereadores da sua base, não continha citação a Júlio.

Entre os vereadores, circulou um suposto recado vindo de membros da Igreja Católica lembrando que o trabalho do padre Júlio é o trabalho da Arquidiocese de São Paulo, e que uma investigação contra o sacerdote seria encarada como um atrito dos vereadores contra a igreja.

Aliados de Nunes na Câmara afirmam que em fevereiro, quando o Legislativo retornar do recesso, a proposta de CPI será enterrada.

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