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Tebet e Pochmann têm 1ª reunião após economista ser anunciado no IBGE

Posse de Pochamann no IBGE só deverá ocorrer depois da divulgação do censo indígena, que ocorre dia 7 de agosto

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1 de 1 Foto colorida mostra o economista Marcio Pochmann e Simone Tebet - Metrópoles - Foto: Davilym Dourado/MPO

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, teve, nesta segunda-feira (31/7), a primeira reunião com o economista Marcio Pochmann, após a confirmação do nome dele para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A reunião aconteceu nesta tarde, em São Paulo, onde a ministra cumpre agenda.

“Tebet e Pochmann debateram preocupações comuns sobre a acelerada mudança demográfica brasileira revelada pelo Censo 2022 e os desafios que ela impõe para o futuro do Brasil”, diz a pasta, em nota.

Os dois também discutiram uma agenda inicial de trabalho para o IBGE, que passa pela escuta dos funcionários do órgão.

Na semana passada, após o anúncio do nome de Pochmann pelo ministro Paulo Pimenta, da Secom, Tebet disse não fazer “pré-julgamentos”. “Porque já fui muito pré-julgada na minha vida profissional e política. Vou ouvi-lo primeiro. Eu não quero saber do passado, quero saber do presente. A conversa será técnica, e ele será tratado como técnico e será muito bem-vindo à nossa equipe. E continuará no IBGE, enquanto estiver atendendo aos interesses da sociedade brasileira”, disse ela.

A data da posse de Pochmann será marcada para depois da divulgação do censo indígena, que ocorre dia 7 de agosto, no Theatro da Paz, em Belém do Pará.

Até lá, o IBGE seguirá sob o comando o ex-diretor de pesquisas Cimar Azeredo, que está como presidente interino do instituto desde o início do governo Lula (PT), em janeiro.

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Quem é Marcio Pochmann

Pochmann é um quadro importante do PT e presidiu recentemente a Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do partido.

Formou-se, em 1984, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tornou-se professor da Unicamp em 1989. O departamento de economia da universidade paulista é conhecido por ter uma linha de pesquisa heterodoxa, que é uma escola de pensamento “rival” do liberalismo, preferido, por exemplo, por economistas e políticos ligados aos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Entre 2007 e 2012, do segundo mandato de Lula até o início do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), Pochmann presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). É por seu trabalho nesse período, apontado como ideológico demais e com relatos de conflitos com funcionários críticos, que o economista da Unicamp não é benquisto pelos liberais.

Diretora do BNDES no governo FHC e coordenadora do programa econômico da candidatura de Simone Tebet à Presidência em 2022, a economista Elena Landau classificou a escolha de Pochmann para presidir o IBGE como “um dia de luto para a estatística brasileira”. Já o ex-presidente do próprio IBGE Edmar Bacha se disse “ofendido” com a escolha.

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