Tebet diz que subirá no palanque de Nunes quando Bolsonaro não estiver
Ministra Simone Tebet e o prefeito Ricardo Nunes são correligionários no MDB. Nunes conta com o apoio de Bolsonaro na campanha à reeleição
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse que não vai se recusar a subir no palanque do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, seu correligionário, desde que seja chamada em “dias diferentes” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nunes é pré-candidato à reeleição na capital paulista.
“Até agora, o Ricardo Nunes não me deu ainda nenhum motivo para não apoiá-lo. Obviamente, nós vamos ver qual é a plataforma de governo dele, se ele vai continuar defendendo a democracia e os valores dos quais eu comungo”, disse ela em entrevista à CNN Brasil, divulgada na noite de sábado (30/3).
“Vejo no Ricardo Nunes uma pessoa democrática. Ele é um democrata, ele posicionamentos provavelmente diferentes em alguns aspectos que eu”, completou ela.
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Nunes terá como adversários os deputados federais Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB). Boulos é o candidato apoiado pelo presidente Lula (PT), enquanto Tabata espera receber o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, de seu partido.
Tebet afirmou que se recusará a subir no palanque de bolsonaristas nas eleições municipais deste ano, ainda que o MDB indique candidatos a vice desses políticos.
“O que eu me recuso é subir em um palanque de bolsonarista. Eu jamais vou estar num palanque onde o MDB lance vice, aí é outra história, de um candidato bolsonarista que tem pautas que representam um retrocesso na pauta de armamento, desmatamento ambiental, na pauta de costumes ou contra a democracia”, sustentou.
2026
Sobre as eleições presidenciais de 2026, a ministra afirmou esperar que o MDB esteja com Lula, que deverá buscar a reeleição. Ela defendeu que a democracia precisa de um projeto de poder.
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Tebet foi candidata à Presidência em 2022 e ficou em terceiro lugar, com 4,9 milhões de votos, o equivalente a 4,16%. No segundo turno, ela apoiou ativamente o candidato petista, em antagonismo a Bolsonaro.
“Eu espero que meu partido esteja lá em 2026. O MDB esteja ao lado do governo Lula. Eu não tenho dúvida que as forças democráticas estarão ao lado de quem tiver potencial para não deixar a direita voltar”, salientou.